A leitura é algo indispensável na vida de uma pessoa que deseja desenvolver uma mente e acima de tudo uma mentalidade apurada, atualizada e aprofundada. Naturalmente isso levará, sem desvios, a uma vida que se antena com o mundo e a sua realidade. Tenho lamentado profundamente o desinteresse dessa geração pelo hábito da leitura, o que a está levando a uma grande possibilidade de alienação de semelhante intensidade. Essa geração, chamada de geração X, está crescendo assim,para nosso lamento.
Acabo de ler o livro de Paulo Cavalcanti, 1o volume ” O caso eu conto como o caso foi, ladrão é ladrão e boi é boi” CEPE editora. O autor coincidentemente é meu primo legitimo, na realidade primo de meu pai,ou seja o pai dele era meu tio avô. Após a leitura posso dizer que me orgulho de ter em minha estirpe familiar gente como ele, ao mesmo tempo em que lamento, não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.
Uma leitura de memórias políticas dele mesmo e que envolve a história política de Pernambuco desde a coluna Prestes até a queda de Arraes. Narrativa bem arquitetada que leva o leitor a imergir na história, conhecer os nomes dos ícones que construíram a nossa história. Trechos emocionantes como a prisão e a tortura de Gregório Bezerra, grande herói de nossa história e
massacrado, torturado pelos instrumentos da repressão que derrubaram os governos legalmente
eleitos e democráticos de Miguel Arraes ( estadual) e Pelópidas Silveira (municipal).
O caso, ele contou e cumpriu o seu papel, o problema é fazer com que essa geração que não ouve, porque não lê, conheça um pouco mais de sua história
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Miguel Uchoa