BRASIL: JUSTIÇA LEGALIZA IMORALIDADE
Em um país onde o Poder Legislativo é o que menos legisla, mas sim o Poder Executivo através de Medidas Provisórias ou o Poder Judiciário através das suas “interpretações” (este último sem ter sido eleito pelo povo, nem passível de perante ele responder), o Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade dos seus membros, resolveu estender aos homossexuais o instituto das “uniões estáveis”, sem qualquer embasamento nos dispositivos expressos da Constituição Federal ou do Código Civil, mas tendo por base argumentos filosóficos emanados da ideologia secularista que está a destruir a base da civilização ocidental plasmada pelo Cristianismo.
Mais uma vez é o aparelho do Estado indo de encontro à Nação, sua História, sua Cultura e seus Valores. A imoralidade do homossexualismo – nítido desvio de conduta e enfermidade emocional e espiritual – sempre rejeitada pela Nação, não por preconceitos, mas por conceitos que geram preceitos, recebeu o manto da legalidade, com o objetivo de reforçar a sua legitimidade. A imoralidade foi legalizada. O pecado foi legalizado. A minoria organizada do lobby GLSTB comemora seu momento de “vitória” contra a família. O Brasil se junta aos 10% dos países vanguardistas onde se aprovou tal instituto ou o do próprio “casamento”. O Brasil está de luto. A dignidade da pessoa humana e as leis vigentes isonômicas já eram mais do que suficientes para o exercício da cidadania, o bom funcionamento do Estado Democrático de Direito e a busca do Bem-Comum. O próximo passo será a criminalização dos heterossexuais que não admitem a normalidade do homossexualismo, o atentado à liberdade de expressão e da liberdade de religião, com a PLC 122, ora no Senado da República.
A mídia já vinha, há muito tempo, manipulando a opinião pública, em uma autêntica lavagem cerebral, para quebrar as resistências, e “reeducar” a nação. Os Ministérios Federais, como o da Educação e dos Direitos Humanos também estão a gastar o dinheiro do contribuinte para promover a pederastia.
Os argumentos levantados pelos doutos ministros no dia de hoje devem ser levados às suas consequências lógicas, legalizando as outras “minorias discriminadas”, como os pedófilos e outros tantos ófilos.
Os cidadãos brasileiros de convicções morais baseadas nos valores da fé revelada e nos valores sempre afirmados por nossa Pátria continuarão, com convicção e coragem, a expressar a sua mais veemente condenação a esse momento lamentável, que deslustrou a mais alta corte de justiça do País. Continuarão a pregar a mensagem de perdão de Deus a todos os pecadores e a todos os pecados (e não a promover marchas de orgulho do pecado), bem como a mensagem de arrependimento e de mudança de vida, de libertação das opressões e dos desvios, que ferem a santidade de Deus e o seu projeto para a humanidade. Continuarão a apoiar os que hoje optam pelo comportamento homoerótico e que desejam dele ser curados, bem como aos heróicos terapeutas que se arriscam diante da intolerância das novas manifestações de totalitarismo. Bem nos ensina o apóstolo Pedro que “antes importa obedecer a Deus do que aos homens”, e seguindo o exemplo de Martin Luther King Jr, nos cabe a resistência pacífica (não passiva) e não violenta, a desobediência civil. Nesse momento que vozes proféticas se levantem, pois o respeito ao Poder Judiciário não passa por sua infalibilidade nem pela impossibilidade de dele se discordar e apontar para os seus equívocos, que prejudicam a Nação, e que um dia serão julgados tanto por Deus, quanto pela História.
Ache o aparelho do Estado o que achar, decida o que decidir, nossas Igrejas continuarão a afirmar que Deus criou uma humanidade de machos e fêmeas, que ordenou que o homem se unisse à mulher, e que condena vigorosamente a sodomia.
As consequências do que hoje decidiu na esfera do Estado não atingem a vida interna da Igreja e do Povo de Deus. Continuaremos a afirmar o que a herança judaico-cristã-islâmica tem ensinado por cinco mil anos. Continuaremos a respeitar a memória dos nossos antepassados e a honrar os valores dos nossos costumes e das nossas crenças.
Oremos pelas autoridades da República, para que cessem de fazer o mal e promovam o bem!
Robinson Cavalcanti
Bispo da Igreja Anglicana – Diocese de Recife
Robinson Cavalcanti
Bispo da Igreja Anglicana – Diocese de Recife