Fui procurado por algumas pessoas que pediam esclarecimentos sobre a notícia da ida de alguns anglicanos para a Igreja Católica Romana. Confusas estas pessoas recebem uma notícia fraccionada e tendenciosa que visa gerar espanto e sensacionalismo. Mas de fato o que foi que aconteceu?
O papa Bento XVI, da Igreja Romana, emitiu uma Constituição Apostólica específica permitindo a criação de episcopados pessoais, semelhantes a outros casos já existentes como o dos militares. Estes episcopados poderão, a partir de agora acolher grupos de anglicanos tradicionalistas que desejem, mantendo alguma identidade própria, se abrigar sobre o guarda chuva romano.
Desde o ano de 1980, quando a Igreja da Inglaterra, que é parte da Comunhão Anglicana, autorizou a ordenação feminina à ordem de presbíteras ( pastoras) com isso, um grande número de extremos tradicionalistas anglicanos chamados de anglo católicos criou algo chamado de Comunhão Anglicana Tradicionalista (TAC), que continuou crescendo após o aumento do liberalismo teológico que incluiu algumas tentativas de ordenação de homosexuais praticantes. Nas últimas décadas, isso tem feito surgir várias jurisdições anglicanas dissidentes, conhecidas como “Continuantes”. Esses grupos totalizam cerca de 500.000 pessoas contra os quase 80 milhões de membros da Comunhão Anglicana sob autoridade do Arcebispo de Cantuária. São grupos minoritários que sempre existiram dentro dos anglicanos internacionalmente falando.
Há alguns anos a TAC vinha mantendo conversações com o Vaticano, buscando autorização para serem recebidos, seja como uma Igreja “Uniata” (como os maronitas, melquitas e caldeus, dos Ritos Orientais), seja como uma prelazia pessoal como o modelo da opus dei.
A opção do Vaticano, como se viu, foi por uma fórmula, digamos, menos autonomista. Tem acontecido de alguns grupos minoritários anglo-católicos, ultra conservadores optarem por seguir a via romana. Quanto à majoritária “frente credal”, ortodoxa, formada pelos evangélicos, pelos carismáticos, e amplos setores anglo-católicos (Fraternidade dos Anglicanos Confessantes – FCA), esse documento do papa nada irá representar, pois continuarão a lutar por um realinhamento da Comunhão Anglicana, mantendo a sua consciência de uma Igreja Histórica (católica), mas, ao mesmo tempo, Reformada (protestante).
Quanto à PAES, ela é parte da Diocese do Recife,vinculada a Igreja Anglicana do Cone Sul das Américas, está dentro do grupo credal, evangélico e carismático. Não entendemos a opção por Roma por ser, em nossa opinião e convicção teológica, um retrocesso histórico e um desvio doutrinário. Assim, a PAES pretende continuar sua missão evangelizadora e sua luta firme contra o liberalismo dentro da Comunhão Anglicana e fora dela, e procurando promover a evangelização do Brasil e do mundo, juntamente com seus irmãos evangélicos de outras denominações, pois como sempre temos afirmado: “Somos Crentes!!!”
Fonte: Artigo publicado pelo Bispo Robinson Cavalcanti (adaptado)
O papa Bento XVI, da Igreja Romana, emitiu uma Constituição Apostólica específica permitindo a criação de episcopados pessoais, semelhantes a outros casos já existentes como o dos militares. Estes episcopados poderão, a partir de agora acolher grupos de anglicanos tradicionalistas que desejem, mantendo alguma identidade própria, se abrigar sobre o guarda chuva romano.
Desde o ano de 1980, quando a Igreja da Inglaterra, que é parte da Comunhão Anglicana, autorizou a ordenação feminina à ordem de presbíteras ( pastoras) com isso, um grande número de extremos tradicionalistas anglicanos chamados de anglo católicos criou algo chamado de Comunhão Anglicana Tradicionalista (TAC), que continuou crescendo após o aumento do liberalismo teológico que incluiu algumas tentativas de ordenação de homosexuais praticantes. Nas últimas décadas, isso tem feito surgir várias jurisdições anglicanas dissidentes, conhecidas como “Continuantes”. Esses grupos totalizam cerca de 500.000 pessoas contra os quase 80 milhões de membros da Comunhão Anglicana sob autoridade do Arcebispo de Cantuária. São grupos minoritários que sempre existiram dentro dos anglicanos internacionalmente falando.
Há alguns anos a TAC vinha mantendo conversações com o Vaticano, buscando autorização para serem recebidos, seja como uma Igreja “Uniata” (como os maronitas, melquitas e caldeus, dos Ritos Orientais), seja como uma prelazia pessoal como o modelo da opus dei.
A opção do Vaticano, como se viu, foi por uma fórmula, digamos, menos autonomista. Tem acontecido de alguns grupos minoritários anglo-católicos, ultra conservadores optarem por seguir a via romana. Quanto à majoritária “frente credal”, ortodoxa, formada pelos evangélicos, pelos carismáticos, e amplos setores anglo-católicos (Fraternidade dos Anglicanos Confessantes – FCA), esse documento do papa nada irá representar, pois continuarão a lutar por um realinhamento da Comunhão Anglicana, mantendo a sua consciência de uma Igreja Histórica (católica), mas, ao mesmo tempo, Reformada (protestante).
Quanto à PAES, ela é parte da Diocese do Recife,vinculada a Igreja Anglicana do Cone Sul das Américas, está dentro do grupo credal, evangélico e carismático. Não entendemos a opção por Roma por ser, em nossa opinião e convicção teológica, um retrocesso histórico e um desvio doutrinário. Assim, a PAES pretende continuar sua missão evangelizadora e sua luta firme contra o liberalismo dentro da Comunhão Anglicana e fora dela, e procurando promover a evangelização do Brasil e do mundo, juntamente com seus irmãos evangélicos de outras denominações, pois como sempre temos afirmado: “Somos Crentes!!!”
Fonte: Artigo publicado pelo Bispo Robinson Cavalcanti (adaptado)