por Miguel Uchôa | 22 fev, 2013 | Blog
Quero estar no banquete
com Jesus
Marcos 2:13-22;1 Coríntios 3:16-23
“Você não é mau demais para entrar, nem bom demais para ficar de fora” Quadro de avisos de um a igreja
Nosso dia hoje nos levará a refletir sobre algumas atitudes tão necessárias ao nosso dia a dia como o ar que respiramos ou como a seiva que corre pelas entranhas das árvores levando a elas vida e pujança. A vida cristã depende de atitudes assim mesmo nessa proporção, é algo fundamental. Sem atitudes de firmeza e determinação não há vida com Deus. O texto de Paulo aos coríntios vai nos mostrar que a sabedoria desse mundo é loucura aos olhos de Deus, as atitudes solicitadas pelos apelos desse mundo à vista da fé cristã é uma loucura da mesma forma que à vista dos valores deste mundo o chamado do cristianismo é algo a cada dia menos aceitável. Na perspectiva cristã, no entanto o pensamento dos ditos sábios são simplesmente futilidades especialmente porque se baseiam em uma humanidade decaída e distante de Deus.
Jesus continua a sua peregrinação pela palestina dominada por Roma, nesse contexto se encontra com o conhecido Mateus, aqui descrito por Levi, coletor de impostos. Essa era uma classe de pessoas tão desprezadas na época que se assemelhava as prostitutas e à ralé da sociedade. Apesar de serem judeus, eram como traidores por servirem ao dominador. Mas uma atitude levou Levi a uma nova posição na eternidade, a atitude da obediência e da prontidão. Nessa caminhada com Jesus já vimos o quanto essas são atitudes necessárias e que sem exceção nos colocam numa posição privilegiada de podermos vislumbrar a eternidade de podermos viver cheios de esperança, de termos acesso a um convívio diário com aquele que é o criador de todas as coisas.
Um dia eu me levantei e segui ao ouvir um chamado de Jesus, talvez você da mesma forma tenha vivido essa mesma experiência. Em meu caso sinceramente desejaria que tivesse sido mais cedo e com mais prontidão, assim teria tido a chance de, mais cedo, ter experimentado a vida em sua plenitude que é a vida com Deus. De uma forma ou de outra a atitude de ouvir e aceitar o chamado de Jesus é algo que nos transporta de um estado de extremas limitações e até mesmo prisões pessoais para o ilimitado mundo de Deus e todas as suas possibilidades.
Esse tipo de experiência não fica retida dentro de nós, não se limita jamais a algo que se classifique como fórum íntimo. Pelo menos para Levi não parece ter sido assim, juntou seus amigos, gente do mesmo tipo dele provavelmente pois assim devia ser seu circulo de relacionamento devido ao seu contraditório ofício. Juntou-os em sua própria casa, provavelmente pelo encanto das palavras de Jesus que com certeza o encheu de gozo. Essa atitude é exemplar para nossas vidas por se assemelhar em sua essência com o que vivenciamos até os dias de hoje. A ousadia de Levi foi chamar seus amigos para ouvir Jesus, mas isso levou Jesus a quebrar mais um dos tabus, derrubar mais uma muralha e vencer a arrogância dos “sábios”, mestres da lei, conhecidos como escribas e fariseus. Esses homens sequer tiveram a coragem de se dirigirem a Jesus, mas enquanto falavam com seus discípulos Jesus escutou e interveio na conversação dizendo que não veio para os justos mais para os pecadores.
Isso veio como uma afronta a esses mestres da lei que se orgulhavam de seu exclusivismo, marca dos velhos odres, das roupas velhas, Jesus veio para algo novo, para um vinho novo e uma roupa nova. Os seus discípulos não jejuavam porque não tinham razão de fazê-lo, viviam a alegria da presença plena de Jesus, conviviam diariamente com Ele, desfrutavam de seus ensinamentos e assim não havia razão para jejum, lembrando que no antigo testamento o jejum estava vinculado fortemente à tristeza e ao sacrifício.
Em nossas vidas esses são episódios, palavras, atitudes que nos inspiram. As Palavras de Jesus são sempre inspiradoras, as atitudes daqueles que são tocados por Ele, são sempre exemplos, os episódios que envolvem esses personagens são sempre uma moldura onde a nossa história se encaixa. Todos os dias somos confrontados com situações semelhantes que nos desafiam e, espelhados nelas e nas respostas daqueles que seguimos e admiramos, tomarmos a direção semelhante.
Hoje na moldura de seu dia, é bem provável que Jesus lhe chame a uma resposta, seja com uma atitude, uma palavra ou até mesmo com um silêncio. Esteja firme e focado na visão do vinho novo que são as palavras de Jesus, deixe de lado os odres velhos que não suportam esse vinho novo, deixe de lado o tradicionalismo morto a religiosidade inerte e mergulhe em uma relação viva com Jesus. Sinta-se convidado para esse banquete que escandaliza os mestres da lei e que é promovido pela maravilhosa Graça de Deus expressa no carinho de Jesus por aqueles que dele necessitam e que sem acesso ao legalismo dos cruéis “sem” Graça encontram nele o acolhimento para seus corações. Siga a Ele!
Minha Oração
Senhor, eu reconheço as minhas falhas e minhas imensas limitações e peço que me permita participar desse banquete onde a Tua presença acontece.
por Miguel Uchôa | 21 fev, 2013 | Blog
Liderança que conduz
Marcos 2:1-12: 1 Coríntios 2:14-3:15
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz
Francisco de Assis
Hoje começaremos pelo texto da carta, ela traz uma lição tão necessária quanto a própria essência do evangelho. Inicialmente perceba que está ali inserida uma advertência muito pertinente com o comportamento dos mestres da lei que em seu coração julgavam Jesus pela Sua atitude de curar e perdoar os pecados daquele paraplégico que a Ele havia sido trazido. “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus” temos a tendência a julgar baseados em uma lista de normas e regras, julgamos baseados em nossas tradições e em nossos conceitos tão limitados quanto o alcance de nossas limitadas mentes e corações. Paulo adverte os coríntios para que essa atitude não ganhe espaço em seus corações. Tomando a carta como um texto único e sem as posteriores subdivisões, você vai poder perceber que essa exortação faz sentido diante do que o apóstolo vai introduzir a seguir e ele introduz um ensino sobre a importância da unidade. Já falamos um pouco sobre isso na semana passada, mas nunca é pouco falar sobre algo tão valioso para o coração de Deus. O mal que a falta de unidade faz aos cristãos e consequentemente à Igreja de Jesus Cristo é incomparável, nada pode se assemelhar a ele. Lamentavelmente isso já se tornou “endêmico” no meio da cristandade. A multiplicação das denominações cristãs é a maior atestação de nosso fracasso em seguir o que Jesus ensinou.
Observando aqui sobre outra perspectiva, a daqueles que podem e devem agir de maneira que isso seja evitado é onde eu quero concentrar nossa reflexão de hoje. “Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer” Quem lidera o povo de Deus leva sobre os seus ombros um imenso peso de responsabilidade, aqueles (as) que conduzem o rebanho de Cristo precisam refletir sobre suas atitudes. O apóstolo está exortando o povo, não parece haver aqui qualquer culpa nem de Paulo, nem de Apolo, no entanto os dias de hoje são bem diferentes, homens cheios de si tem arrebanhado pessoas para seus arriscados apriscos plenos de personalismos e projetos pessoais, impérios tem sido criados em torno de nomes e placas.
Meus olhos estão fitos nesse nome, nesse que pode curar, nesse que perdoou os meus pecados da mesma forma que fez com aquele pobre inválido fisicamente. Paulo, Apolo podem ser instrumentos, mas jamais serão o caminho a verdade e tampouco a vida. Meu conselho a você hoje é que pense sobre isso, reflita onde você tem colocado a sua esperança, em quem você tem confiado e se encha de cuidado com os nomes e com aqueles que lamentavelmente vêm vestidos de cordeiros, mas que por dentro de si e em seus corações mais se parecem com lobos dispostos a retirar das pessoas tudo que lhes resta para que seus projetos alcancem seus objetivos.
Observando agora pela perspectiva dos mestres da lei perceba que eles não conseguiam ver o perdão dos pecados daquele homem, eles não enxergavam na perspectiva de Jesus, seus corações estavam cauterizados pela cegueira espiritual. Eles estavam corretos em dizer que somente Deus poderia perdoar os pecados, mas erraram enquanto não reconheceram em Jesus o próprio Deus e assim pela dureza de seus corações o acusaram de blasfêmia.
Você hoje está lendo esse texto e refletindo sobre uma história que faz parte do passado e que assim tem o privilégio de saber com mais detalhes do que aqueles mestres da lei o fim dessa história. Você, assim como eu sabe que Jesus viveu, morreu e ressuscitou, que Seu poder foi comprovado quando venceu as trevas, rompeu a sepultura e ao terceiro dia viveu novamente aparecendo aos discípulos, e depois a centenas de pessoas até que foi assunto aos céus prometendo voltar. Você assim como eu tem a capacidade de entender que o poder de Deus vem se manifestando nesses dois mil anos de maneira fantástica, aquele pequeno grupo se tornou a Igreja de Jesus Cristo, a mais impactante instituição de todos os tempos, a fé mais transformadora, a razão de existência de bilhões de pessoas em todo planeta, o projeto de vida de gerações, a ação mais humanitária que existe, a força missionária mais eficaz de todos os tempos.
Paulo foi tão importante, Apolo deve ter sido alguém incrível. Seu pastor igualmente deve ser alguém que reflete a glória de Deus, tantos pregadores nos abençoam com suas sábias palavras e seus próprios líderes devem ser pessoas abençoadas e peço a Deus que sejam. Mas a nossa fé não está montada sobre esses pilares, ela se monta sobre o nome de Jesus Cristo e somente nesse nome nós descansamos em paz.
Minha Oração
Senhor, nesses tempos de tantas palavras e de tantas ofertas, me dá o discernimento de ouvir a tudo e reter o que vem exclusivamente de Teu Trono. Não me deixe ser enganado nem me permita enganar a mim mesmo nem tampouco a qualquer pessoa. Quero ser alguém que reflete a Tua glória e que em mim não haja glória alguma
por Miguel Uchôa | 20 fev, 2013 | Blog
Na dependência do Espírito,
além disso, nada.
Mc 1:29-45;1 Coríntios 2:1-13
Temos a necessidade de que o Espírito Santo venha com poderosa virtude e consuma toda a vil escória que há em nós. D. L.Moody
Jesus está andando pela Palestina de então e o evangelho começa a narrar algumas de suas experiências mais populares, aquelas em que Ele resistia aos demônios e curava as pessoas. Ninguém pode viver a vida cristã ignorando estas coisas. Não há como tentar excluir esses aspectos da vida e ministério de Jesus nem tampouco coloca-las como restritas a esse período. A verdade é que as Boas Novas do Evangelho inclui a manifestação sobrenatural do poder de Deus e essas Boas Novas estão disponíveis hoje e sempre estarão. No entanto, é importante lembrar que Jesus mesmo disse que “ esses sinais seguirão aqueles que creem…” e o que temos visto em muitos casos é simplesmente os que creem focando suas vidas em busca desses sinais. Se não acontecer como parte do ministério e vida de um cristão(ã), não tem o aval da sobriedade e do equilíbrio que o Espírito Santo nos dá.
Perceba que ele, após realizar todos esses milagres aqui narrados se recolhe e, em seguida sai para outra missão “Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, para que também lá eu pregue. Foi para isso que eu vim”. A pregação e anuncio do evangelho prescinde de uma base de oração em nossas vidas. Se Jesus precisou fazer isso para seguir pregando avalie eu e você do que precisamos. Nossa vida e ministério é, e deve sempre ser regada de momentos como esse , de recolhimento e oração. A maior expressão do poder de Deus é uma vida transformada pela mensagem do evangelho, é alguém que se rende a Deus, que renuncia ao “espirito” do individualismo, da autossuficiência, da arrogância e simplesmente se rende aos pés da cruz e do salvador afirmando a sua limitação e pecado. Nada, nada em qualquer perspectiva pode ter a maior expressão do poder de Deus do que isso. Nosso foco não pode ser nas maravilhas sobrenaturais tão conhecidas, nos demônios que correm e se submetem ao poder de Jesus, mas em vidas que se rendem e aceitam o senhorio de Cristo.
Você tem pensado sobre isso? O Senhorio de Cristo significa muito para você? Jesus já é Senhor de sua vida? Ele é quem comanda seus passos, diz o seu caminho, ordena suas prioridades, rege as suas finanças, dirige seus relacionamentos, homologa os seus planos? Esses são aspectos desse maravilhoso senhorio que ao vir em nossas vidas nos faz mais que vencedores.
Na carta aos coríntios de hoje Paulo vai tentar mostrar àquela igreja que o centro de sua mensagem estava em ser rendido a Deus e o Poder dela estava vinculado ao Espírito Santo. A eloquência e ousadia do velho apóstolo não consistiam de palavras persuasivas de sabedoria ou de um discurso eloquente, como ele mesmo coloca e sim do poder do Espírito Santo. É o Espírito quem sonda todas as coisas, quem sabe o que devemos falar, que dirige nossas ações e quando não estamos submissos a Deus, estamos por nossa conta e esse “ministério” do Espírito Santo não está presente em nós pois com nossas atitudes pessoais bloqueamos a Sua ação e agimos por nós mesmos.
Faz uma semana que começamos a refletir nesses textos e já estamos concluindo o quanto a independência, a autossuficiência, o orgulho, as palavras que engastadas de beleza por si mesmas se constituem em algo que devemos deixar para traz em nossa nova caminhada. A dependência de Deus para viver e realizar a sua vontade está na total dependência do Espírito Santo. Digo isso porque ninguém sabe e ninguém perscruta as profundezas do espírito humano senão o criador.
Paute sua vida pela dependência de Deus, pela ação do Espírito, não permita que ela seja uma expressão limitada de suas próprias palavras e pensamentos, mas que tudo isso esteja rendido ao poder de Deus e a ação do Espírito Santo. Essa é uma das chaves para uma caminhada sadia e cheia da presença de Deus, da ação desse poder, da transformação de vidas a partir da sua própria. Hoje vimos o quanto é importante viver para Cristo, na dependência do espírito Santo. Assim seja seu dia, assim seja a sua vida.
Minha Oração
Senhor, eu quero ser dependente exclusivamente de ti e de Teu poder. Afasta de mim toda a autossuficiência, livra-me de qualquer aparência de confiança em mim mesmo.
por Miguel Uchôa | 19 fev, 2013 | Blog
Autoridade que vem de dentro
Marcos 1:14-28;1 Coríntios 1:20-31
Não há autoridade como a que se funda na justiça e se exerce pela virtude Plínio
Recentemente vimos sobre o deserto, sobre as tentações e sobre estes chamados especiais de Deus e como se deu a resposta a ele. A prontidão em atender ao chamado de Jesus deve sempre chamar a nossa atenção e ser sempre uma lição a ser aprendida. Mas o evangelho vai adiante e narra outros encontros, desta vez com o grupo de João e Tiago os pescadores, filhos de Zebedeu. Mais uma vez perceba a prontidão em atender ao chamado. Eles deixaram seus barcos e os empregados com seu pai e seguiram a Jesus. Em Cafarnaum, uma importante vila da região da Galileia. Jesus chega no sábado, vai até a sinagoga e passa a ensinar. Até aqui nada de diferente, afinal de contas era isso que Jesus vinha fazendo constantemente. Uma frase do evangelho chama a nossa atenção e a coloco em seguida, “Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei”.
Vamos por partes? Pois bem, as pessoas ficaram maravilhadas com o ensino de Jesus. Para nós não parece nada de novo afinal de contas Jesus atraiu multidões por onde passou e seu ensino continua atraindo milhões por onde passa, onde quer que chegue essa poderosa mensagem do evangelho transmite paz, refaz corações, enche a todos de esperança foi assim e é assim hoje, em qualquer lugar. Mas existe algo que podemos observar além do estado das pessoas maravilhadas. Podemos ver porque elas ficaram assim e isso se esclarece na sequência do verso. Jesus ensinava com autoridade e não como os mestres da Lei. Os mestres da lei eram religiosos, áridos de amor, cumpridores de regras e liturgias, viviam uma falsidade de vida, seu testemunho não condizia com a mensagem de um Deus de amor.
Não podemos esquecer que Jesus chamou essa tropa de sepulcros caiados, limpos por fora e podres por dentro. Por isso esses homens não tinham autoridade, se aliavam com Roma para ter benefícios, exigiam das pessoas aquilo que eles mesmo não conseguiam fazer, encarnavam uma hipocrisia sem limites. O evangelista destaca então que as pessoas atenderam a Jesus e ficaram maravilhados porque Ele falava com a autoridade de Sua vida, com o recheio da Graça, com o cheiro do amor. Jesus em suas palavras levantava o caído, curava o doente, consolava o perdido. Jesus andava em busca dos pecadores enquanto os mestres da Lei se afastavam deles, Jesus entrou em suas casas enquanto os mestres da Lei puniam quem assim fizesse, Jesus disse a eles venham enquanto os mestres da Lei diziam sumam daqui.
Hoje eu quero olhar para dentro de mim e ver onde estou em minhas atitudes, estou eu mais perto dos mestres da Lei ou de Jesus. A autoridade que eu preciso virá sempre que minha prática de vida se aproximar de Jesus e de quem ele se aproximaria e me afastar dos hipócritas e aproveitadores deste tempo.
Os que se maravilharam com as palavras de Jesus se igualam aos que aceitaram a mensagem da cruz de Cristo pregada por Paulo. Seu espanto foi com a narrativa do evangelho, a vida de Jesus e a maneira como Paulo, em sabedoria expunha a graça de Deus, usando os fatos, costumes e ideias que os traziam para perto da mensagem. Paulo soube bem identificar cada pessoa com a mensagem do evangelho e com o amor de Deus.
Assim como os mestres da Lei os sábios gregos ficaram impressionados com as palavras de Paulo e muitos se converteram a elas. Mas não há duvida que pelo menos dois fatores são relevantes aqui assim como foram no caso de Jesus com os mestres. Primeiro a vida de Paulo, assim como a vida de Jesus era exemplo e trazia assim o peso de sua autoridade, eu anuncio essa mensagem, mas eu vivo essa mensagem. Talvez nada possa ser mais relevante que isso no que diz respeito à nossa vida e missão, a coerência fala mais alto que o mais alto de nossos gritos. Insista em viver assim para deus, faça de sua vida uma mensagem que deixe a todos maravilhados.
Em segundo lugar perceba que em ambas as situações, tanto Jesus quanto Paulo apontavam para Deus como autor da graça e da salvação. Jesus num misto de Deus e homem e Paulo num misto de sábio e ser humano sensível aos pequenos. Afirma que o desprezado, o pequeno, o insignificante etc. é quem recebe e quem transmite a mensagem do amor de Deus, e destaca, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele. As coisas de Deus assim confundem os sábios, mas por outro lado deixa bem claro que o insignificante se enche de significância quando é alvo do amor de Deus e se torna meio da graça levando-a a todos e pelas suas limitações todos podem perceber que de fato existe um deus por detrás de cada um deles. Tudo isso feito para que não haja glória em ninguém senão nEle, o criador de todas as coisas. A bíblia afirma que Deus não divide a Sua glória com ninguém. Isso é uma grande verdade mas, Ele dá de graça a sabedoria a todos que recebem de bom grado a mensagem do evangelho.
Quando algo diferente disso por ventura começar a surgir em sua vida, uma fresta de vaidade pelo que você diz, um pouco que seja de orgulho em seu caminhar, simplesmente diga como Jesus disse : “Cale-se e saia daqui…” tudo voltará ao normal pois as origens de ambos os males é a mesma, o pai da mentira. E nós, queremos andar na verdade e refleti-la em nossas vidas. Viva assim, aceite esse desafio hoje, ore nesse sentido.
Minha Oração
Senhor, minha vida precisa dar autoridade às minhas palavras. Coloca em mim a coerência de uma vida que mostre o teu amor, conduza ao teu caminho e se traduza em sabedoria e poder para quem quer que me encontre. Sê comigo nesse propósito em nome de Jesus.
por Miguel Uchôa | 18 fev, 2013 | Blog
Na Igreja, existe um lugar que é seu
e uma missão que é sua.
Marcos 1:1-13;1 Coríntios 1:1-19
Não podemos todos ser apóstolos,
mas podemos ser “cartas vivas “
William A. Sunday
Hoje começamos a semana, talvez seja um dia difícil para você, talvez seja um novo momento, um desafio está diante de você hoje, talvez ontem o pregador deixou uma mensagem que ainda está batendo forte em seu coração. Seja qual for a sua expectativa lembre disso: “esse é o dia que o Senhor fez, regozijemos e nos alegremos nEle.
A narrativa do anúncio de João Batista sobre aquele que haveria de vir tem muito a nos ensinar. Inicialmente o evangelista qualifica João como aquele que fez cumprir a profecia de Isaias, isso era muito importante para colocá-lo além de um auto denominado profeta, além de um mero pregador de ilusões ou um messias também auto proclamado coisa que não era incomum na época. Esse fato já nos ensina que ninguém que fala por si mesmo pode trazer o peso da mensagem de Deus. Os “mensageiros” de Deus, verdadeiros profetas são aqueles que falam pelo Espírito de Deus. Vivemos tempos onde muitos se auto proclamam. São “apóstolos”, “bispos”, “missionários” que surgem no meio cristão evangélico e que não trazem consigo a autoridade de seus ministérios fundamentados na História da Igreja, na tradição dos apóstolos, sem a linha de autoridade deixada por aqueles que vieram como voz de Deus.
Não dê ouvido a todo aquele que se apresenta com uma palavra supostamente vinda de Deus. Recentemente assisti de passagem na TV alguém que além de se autodenominar apóstolo vendia um CD com a oração de um suposto “Arcanjo Miguel”. A Igreja nascente era bem mais preocupada com quem ministrava a Palavra. O livro chamado Didakê, o ensino dos doze apóstolos, é uma literatura apócrifa, não pertencente ao Canon, mas traz em si ensinamentos que podemos e devemos aplicar à Igreja hoje. O que ele fala sobre os pregadores estrangeiros é uma lição de cuidado e precaução que valeria ser observada pelos que fazem a Igreja hoje.
João, com essa autoridade anunciava Jesus, preparava o caminho daquele que viria para ser o verdadeiro libertador de Israel, o messias esperado, o santo de Israel, o filho do Deus vivo. Que oportunidade para uma auto projeção essa que João teve, homem diferenciado, corajoso, de vida asceta, retirado, estilo de profeta, juntava gente, diz o texto que muitos vinham a ele para receber o perdão dos pecados. Bastava ele se auto denominar mais um messias e não seriam poucos seus seguidores, aqui está o homem diante talvez de sua maior tentação, auto promoção, destaque, glória pessoal, o risco está posto o que ele fará? Mais a pergunta é o que você faria ou tem feito diante de situações assim? Você não precisa ser um profeta, um messias, mas em diferentes situações em sua vida provavelmente essa mesma tentação já esteve, está ou quem sabe provavelmente estará diante de você. Qual a atitude. Jesus disse que os humildes serão exaltados. Como você age quando a glória de algo que você faz não lhe cabe?
Na epístola de hoje Paulo inicia sua correspondência com essa Igreja, por ele fundada, por ele profundamente amada e que mais tarde iria desafiá-lo, questionar sua autoridade apostólica e se negar a reconhecê-lo como tal. A Ingratidão dos coríntios é clara na 2ª carta que o apóstolo escreve. Aqui ele se apresenta, ele traz suas credenciais e logo mostra sua boa impressão daqueles irmãos(ãs) “porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês, de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual” . Aos coríntios Paulo está ensinando sobre a importância da unidade para o corpo de Cristo, aliás essa é a figura que ele usará nessa carta com frequência, um corpo humano e seus membros. Unidade é algo que está no coração de Deus. Certa vez eu disse que se Cristo tivesse que voltar para resolver algo na Igreja hoje seria nesse aspecto, ele viria para unir a Igreja que demonstra um imenso pecado em viver tanta desunião e se permitir usar instrumentos tão mundanos em seu meio que envergonha até os pagãos.
Hoje, comece o dia crendo que você tem um papel fundamental na construção do reino de Deus, que existe um capítulo nessa montagem de Deus que lhe cabe, cumpra-o cabalmente e entenda que parte dessa missão é ser uma igreja, ter um Senhor, pregar uma mensagem e receber a todos com um só batismo. Somos todos de Jesus, não obstante a importância dos Paulos e dos Apolos.
Minha Oração
Senhor, me ajude, ponha em meu coração a medida certa daquilo que eu represento para Ti e para a Tua obra. Faz de mim um atalaia da unidade da Tua Igreja. Assim quero viver em Nome de Jesus.
por Miguel Uchôa | 17 fev, 2013 | Blog
Está Escrito
Rm 10:8b-13 Lc 4:1-13
O sussurro da tentação é ouvido melhor que o mais alto brado convocando ao dever
E.C. McKenzie
Hoje estamos diante de um momento na vida de Jesus que é bastante conhecido por muita gente. A grande maioria das pessoas, sendo elas religiosas ou não, tem conhecimento que Jesus viveu quarenta dias no deserto sendo tentado pelo diabo. Além da bíblia outros livros trabalham este tema, peças de teatro já foram montadas sobre esse assunto e até superprodução cinematográfica já foi realizada para tentar retratar essas cenas ou interpretar esse episódio.
Para nós cristãos trata-se de um importante momento na vida de Cristo que como em todos eles nos deixa lições preciosas para serem observadas, aprendidas e especialmente praticadas. Conhecemos esse episódio como “A Tentação de Jesus no Deserto”.
A primeira lição que claramente temos a aprender aqui é que Jesus foi levado ao deserto pelo Espírito Santo, por Deus. Isso significa que Os episódios de nossas vidas estão nas mãos de Deus e nada escapa de seu cuidado e controle. A soberania de Deus ainda está por ser aprendida por nós da maneira correta, Deus tem controle sim, mas o controle é Seu e se ajusta dentro de Seu plano. Quando Somos levados a desertos em nossas vidas, e você tanto quanto eu bem sabe que isso acontece, se não for por condução exclusiva de Deus, será usado por Ele para nos ensinar e dirigir a nossa existência eventualmente a bom termo. Tenha certeza, você pode estar vivendo um deserto, mas nunca deixe de crer que mesmo lá no deserto Deus estará com você.
A segunda lição que podemos retirar desse episódio é que existe um tentador, existe um inimigo de nossas almas e a Bíblia o trata como Diabo, palavra que deriva do termo grego diabolos e que significa adversário. O adversário de nossas vidas foi o mesmo adversário de Jesus e a maneira que Jesus o trata é uma importante lição que tiramos deste episódio. Perceba a maneira que Jesus lida com o diabo, ele simplesmente usa a Palavra viva de Deus e responde a cada indagação tentadora com os versos sagrados.
Não é sem motivo que Paulo, quando se dirige a Timóteo dando seus últimos conselhos a quem levaria a missão adiante enfatiza “procura apresentar te a Deus como obreiro aplicado, aprovado e do que não tem do que se envergonhar, mas que maneja bem a Palavra da verdade”. Isso significa que ele deveria saber usar a Palavra, a verdade e aplicá-la no momento adequado e nas situações necessárias.
A carta de Paulo aos Romanos nos mostra a importância de declarar a Palavra :
“A palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração”, isto é, a palavra da fé que estamos proclamando: Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
Querido (a) leitor(a), a Palavra está perto de você, talvez ao alcance de seu braço, mas com certeza ao alcance de seu coração. está escrito.
Minha Oração
Senhor, me ajude, coloque em meus lábios a Tua Palavra, me ajude a ser disciplinado em minha leitura, meus estudos para que em cada situação eu possa me defender das ameaças e tentações desse mundo seguindo teu exemplo