por Miguel Uchôa | 16 fev, 2013 | Blog
Vir, ver, viver e proclamar a verdade
João 1:43-51;Tito3:1-15
O discipulado de Jesus tem de ser vivido na realidade do mundo
Dietrich Bonhoeffer
Hoje continuamos vendo os momentos em que Jesus chama as pessoas e seu chamado é sempre impactante. Agora Jesus encontra-se com um homem chamado Felipe e apenas diz: Siga-me! Não há nenhum comentário a respeito da reação de Felipe, no entanto podemos imaginar qual foi pois em seguida ele encontra um outro homem, provavelmente seu amigo e possível discípulo de João Batista e imediatamente anuncia a sua “descoberta” em outras palavras ele disse “achei o messias” Natanael, mesmo se mostrando um pouco cético ou até mesmo preconceituoso coma região de Nazaré ainda duvida, mas Felipe faz o que todos os demais fizeram e que todos nós devemos fazer, simplesmente disse: “venha e veja”.
Esse espírito missionário, evangelizador, esse desejo de comunicar a boa nova do evangelho toma todos os que verdadeiramente têm um encontro com Cristo. Via de regra, a primeira reação de alguém que conhece a Cristo é contar a outros, é anunciar, dizer o que viveu e desejar que os demais vivam o mesmo. Na minha experiência de Cristão que já vai com 33 anos e de pastoreio que chega a cerca de 20, essa tem a sido a reação que percebo na maioria esmagadora das pessoas, sejam elas tímidas ou extrovertidas, homens e mulheres, indiferente de seu status social, formação educacional. Quando alguém se encontra com Cristo, nasce com ele(a) o desejo de anunciar e isso, como obra do Espírito Santo, fez com que a Igreja de Jesus Cristo se tornasse a instituição que mais cresceu ao longo desses dois mil anos e assim continua até os dias de hoje.
Paulo segue recomendando a Tito como deve ser a vida daqueles que a exemplo de André, Pedro, Natanael e tantos outros que se seguiram até os dias de hoje devem viver. Não se encerra em uma decisão de aceitar a Cristo, mas se estende numa vida exemplar , numa postura que se alinhe com a vontade de Deus expressa em sua Palavra e naquilo que Jesus Deixou registrado. Uma vida que possa ser de fato chamada de Nova, de exemplo, de integridade, de honestidade. A Nova vida será sempre recheada de novas atitudes, de novas posturas de uma mente nova, como ele mesmo disse temos a “mente de Cristo” e a mente de Cristo age de maneira diferente em relação a tudo e a todos.
O conselho do apóstolo é que não percamos tempo em discussões sem propósito que mais dividem do que unem, mais polarizam do que ajuntam, esse tipo de atitude é para quem não tem sua vida focada no propósito de Deus. Você é um filho de Deus e outros que também aceitaram a Cristo da mesma forma o são, independente de seu credo denominacional, seu grupo eclesiástico. O que define um cristão não é seu registro de filiação a nenhum grupo, mas o registro das palavras de Cristo em suas vidas e o fato de viverem segundo essas palavras. Rejeite todo sectarismo, viva em unidade com a Igreja de Jesus Cristo, compreenda as diferenças culturais, seja maduro(a) o suficiente para perceber que a Igreja é muito mais do que o grupo a quem você pertence.
Alguém que desenvolve um espírito faccioso, como já foi dito, “tocará essa nota em seu violino até a morte e assim reúne em volta de si pessoas com perspectivas negativas e o restante ele afugenta”.
Que assim nunca seja com você, que seu coração esteja amolecido pela Graça, que enxergue o amor de Deus em todas as pessoas, que perceba o preço pago por Deus para resgatar cada vida nesse universo e assim o amor inunde o seu coração e você seja praticante das coisas uteis e excelentes.
Minha Oração
Senhor, tenho te seguido e desejo refletir a Tua Graça. Não permitas que eu duvide, resista ou ignore à Tua mão em minha vida e que assim, ela seja repleta de coisas uteis e excelentes, refletindo Teu amor e Tua Graça a todos.
por Miguel Uchôa | 15 fev, 2013 | Blog
É Ele? Quero seguir a verdade!
Sou eu? Quero ser exemplo da verdade!
João 1:35-42; Tito2:1-15
Nunca faça aquilo que Cristo jamais abençoaria, e nunca vá a um lugar onde Cristo não possa ir em sua companhia.
Agostinho de Hipona
Interessante como as lições que vem da Bíblia saltam aos nossos olhos em um simples olhar mais apurado. Somente aqui nesses poucos versos do evangelho podemos perceber o quanto Deus fala ao nosso coração. Perceba que quando Jesus é identificado com o Cordeiro de Deus, os dois discípulos imediatamente passaram a segui-lo. O nome disso é prontidão, eles andavam com João, aprendiam com Ele, mas tiveram o discernimento que esse tempo havia passado e que agora havia outro que trazia a plenitude dos tempos para seguir. O texto nos diz que um deles era André, que sabemos se tornou um dos doze discípulos de Cristo e o outro não há referência a seu nome, provavelmente outro que esteve entre os doze. No entanto o que é importante ressaltar aqui é a disposição de seguir a Jesus assim que souberam quem Ele era, e mesmo inquiridos por Cristo se mantiveram firmes desejosos e interessados em saber mais a respeito dele.
A prontidão em seguir a Jesus é algo tão necessário a qualquer pessoa que deseje andar com Deus. Jesus, sendo o próprio Deus anuncia o caminho, abre as portas, mostra por onde irmos na direção de encontrar a plena presença de Deus. Jesus, o Cordeiro de Deus, o Messias esperado não somente aponta o caminho, mas se coloca Ele mesmo como o Caminho.
O anúncio do que temos achado em Cristo é a mais nobre atitude que inicialmente podemos tomar. O texto diz que o primeiro que André encontrou foi seu irmão e ele o levou a Cristo. O que você tem feito de Cristo? A quem você tem mostrado Jesus? Quem você tem levado a Ele? Seja com nossas palavras, atitudes, posturas, através de nossos relacionamentos, nós que encontramos a Cristo o Cordeiro de Deus devemos buscar com Naturalidade levar outros a Ele.
No texto da Epístola podemos seguir neste pensamento pois o apóstolo está dando seus conselhos pastorais a esse discípulo e filho na fé Tito. Ele não trata aqui de outra coisa senão: como viver o evangelho da graça e como e a quem confiar esse evangelho. Paulo alerta para as coisas práticas da vida e do cotidiano de um cristão. São conselhos éticos, de santidade, de ordem, de condução dos processos, afinal de contas ele já previa que seus dias estavam por findar, não havia muito tempo para estar com seus líderes e por isso ele alerta aos cuidados da fé e a sua prática. Preste atenção no texto e veja a quem ele orienta Tito a ensinar e o quê? Ensina aos homens e mulheres mais velhas, que ensinem e discipulem a outros(as), aos jovens, que sejam prudentes a todos que sejam exemplo a partir da vida do próprio Tito.
Portanto está claro para nós que seguir a Jesus significa muito mais do que passar um dia com Ele, isso não seria suficiente para um coração tão necessitado como o nosso e não foi para aqueles discípulos que viveram toda a sua vida a partir daquele momento que encontraram a Cristo o Cordeiro e o seguiram. Os dias de hoje não são dias fáceis, isso é verdade, mas os dias destes homens e mulheres que viveram essa realidade de uma igreja nascente não foram nem mais nem menos difíceis. Tão difíceis quanto hoje, ou talvez até mais, no entanto o que João Batista disse “eis o cordeiro de Deus” está sendo dito hoje e todos os dias por diferentes lábios ou instrumentos de Deus, siga-o e deseje mais do que passar um dia com Ele. Deseje ser alvo do que Paulo aconselha a Tito, aprenda a viver na Graça e a suportar tudo como um seguidor do messias esperado, abandone as paixões desse mundo e sendo fiel persevere todo tempo. Que Jesus se hospede no seu coração eternamente.
Minha Oração
Senhor, te peço algo simples inicialmente, que quando te ver passar eu nunca duvide que és o Cordeiro de Deus, o messias esperado que veio para a mi há salvação. Quero te seguir toda a minha vida. E me ajude a viver segundo a Tua excelente vontade e a refletir a Tua Graça e amor coma minha própria vida, sendo exemplo para outros(as). Me ajude Pai, pousa sempre em meu coração.
por Miguel Uchôa | 14 fev, 2013 | Blog
Liderança Ungida, Aprovada e verdadeira
Povo Ungido, Aprovado e verdadeiro
João 1:29-34; Tito 1:1-16
Faz tudo como se alguém te contemplasse.
Epicuro
Hoje iniciamos uma leitura no evangelho de João e na Epístola pastoral a Tito. O evangelho está narrando o momento em que João o Batista, vê Jesus e sem se conter exclama : “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Não haveria como se conter nem sequer havia a necessidade disso. Este momento era esperado por ele, o próprio João e por toda a nação de Israel. O dia em que o Messias seria identificado era algo que os judeus respiravam no seu dia a dia, a promessa milenar anunciada pelos profetas, cantada pelos salmistas se constituía na esperança de Israel. A relação com o cordeiro é mais tarde compreendida quando do sacrifício de Jesus no período pascal sendo seu sangue assim derramado pelo pecado de todos, fazendo assim um paralelo com o cordeiro pascal naquela noite libertadora do Egito.
Paulo por sua vez escreve a Tito uma carta visivelmente pastoral onde dá conselhos práticos de como ele, Tito deveria proceder em relação à liderança da igreja em Creta. Paulo o deixa lá para resolver as questões relativas à liderança. Não há duvidas que havia problemas e ameaças naquela região, caso contrário não haveria a necessidade de Tito permanecer lá e nem de Paulo fazer recomendações tão específicas quanto a posição e o perfil desejado para a liderança da igreja. É muito importante prestar atenção nas marcas que o apóstolo coloca como necessárias à liderança e elas se prestam para todos os líderes e por conseguinte a todos os cristãos.
Quando da sua apresentação Paulo se coloca da seguinte forma: “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade” Paulo é um enviado de Deus para levar as pessoas a uma vida em comunhão com Deus, esse era o seu papel. No entanto, o perfil que ele apresenta para os líderes é o mesmo que eu, você e todo cristão deve buscar como padrão para nossas vidas. Não devemos em hipótese alguma esperar que isso seja exigido apenas de quem lidera, mas sim que, pelo exemplo da vida desses líderes, esse perfil se multiplique na congregação e se espalhe por toda a igreja de Deus.
Observando estas marcas podemos fazer uma análise de nossas vidas e tentar achar em nós essas características para que elas possam formar nosso caráter e desenvolver as atitudes que representam.
Sabemos que somos frágeis e que temos dificuldades de nos manter nessa linha, mas que isso não nos cause frustração e que possamos ser encorajados pelas palavras do apóstolo Paulo quando ele mesmo afirma que “não chegou ao alvo, mas prossegue na direção…”
Quem somos nós senão meros errantes, onde está a perfeição em nossas vidas que nos autorize a julgar aquele que junto conosco lida com esta vida ameaçadora e com os apelos constantes e indecentes desse mundo?
Hoje percebemos a importância de prezarmos pela vida e pela conduta ilibada como exemplo para um mundo que a cada dia relativiza a moral e faz pouco caso dos bons costumes.
Minha Oração
Senhor, que o meu ser seja sempre voltado para a tua excelente vontade e que a minha vida possa refletir a Tua Glória. Aproxima de mim o desejo de viver retamente, de ser exemplo e referência e afasta de mim o espírito de julgamento, o legalismo árido e seco, o farisaísmo que aponta o erro, mas vive nele sem critério. Ajuda-me a ajudar os meus líderes a viver no Teu padrão e nunca a apontar os seus erros me isentando de oferecer socorro.
por Miguel Uchôa | 29 dez, 2012 | Blog
Estou completando 56 anos de idade e de algumas marcas em minha vida que já me fizeram entender que na minha existência, sou um total dependente daquele que me salvou, me resgatou e me conduz a cada dia, um após o outro em sua total dependência. Tenho dito “Nada em mim existe que não seja tudo de Ti”
A fragilidade da vida eu já experimentei, as limitações humanas conheço-as muito bem, as mazelas do Ser Humano já me levaram a compreender o que Paulo tentou dizer que não há um justo sequer… não tenho grandes expectativas pois já vivi mais da metade da vida que Deus me deu e sei que nessa próxima fase e pelo que ele me levou as experimentar na primeira, sei de meu propósito, sei a quem sirvo e não pretendo fugir do sentimento de que a vida e tão efêmera que a bíblia a qualifica de um piscar, uma nuvem que passa ou como o orvalho que sobre a grama se dissipa nos primeiros raios de sol. Por isso remir o tempo e meu desejo.
Me sensibilizo mais com uma criança, com seu inocente sorriso ou sua angustiante face necessitada de acolhimento, amor e suporte. O olhar de uma criança carente me entala a goela mais do que qualquer outra coisa. Aos 56 anos de idade sou um privilegiado, andei por boa parte do mundo, falo alguns idiomas com esforço, fiz amigos por onde andei, zelo por essas amizades, conheci a Cristo ainda cedo, sirvo a Deus com minhas limitações, tenho uma esposa que nunca me permitiu duvidar que o amor é o que o amor faz, dois filhos que como presentes de Deus me deixam com o coração apertado de tanto amor, uma filha, que como flor enxertada em meu jardim e que com a sua graça contagiante me deu a alegria de não ser apenas pai de machos.
O que posso querer mais? Se tenho um maravilhoso Deus, se tenho família amada, se tenho uma comunidade da fé, minha família espiritual, verdadeiros amigos que me cercam e que pela vida mostraram sua veracidade em me amar, apesar de mim.
Alguém vai tentar analisar minhas posições, pouco me importa, quem pode perscrutar meu coração senão aquele que me conhece no amago? E esse não me analisa, simplesmente me ama. Alguém vai tentar dizer que esse e um discurso alienante, fora da realidade, sem ambição… ledo engano, ao contrário, esse é um discurso realista, pés no chão de quem tem vivido com intensidade, experimentado a vida em todas as suas facetas.
Quando o escritor da sabedoria de Eclesiastes disse que tudo era vaidade, o dizia no contexto de um coração que de tudo havia experimentado para chegar a essa conclusão, não preciso experimentar tudo, ate onde caminhei já pude perceber que essa é a realidade.
São 2:45 horas da manhã, completei agora 56 anos, 2 horas e 35 minutos, tempo suficiente para compreender melhor a vida. O rádio faz uma coletânea de flashbacks que parece ser de propósito para deixar meu coração melancólico, saudoso dos amigos que prematuramente já perdi, mas feliz pelos que tenho por perto.
Feliz? Sim, muito feliz e… realista
Miguel Uchôa, aos 56 anos
por Miguel Uchôa | 28 dez, 2012 | Blog
Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2Co 5:17)
Gosto da perspectiva do novo e desde que conheci a Cristo tenho olhado adiante ao invés de mirar o passado. Como já li em algum lugar, um cristão não vê a vida pelo retrovisor, creio assim.
O ano que passou, não pode mais ser resgatado, claro podemos e devemos apreender com tudo que vivemos. A história, incluindo a nossa, é cumulativa. Mas as coisas antigas já passaram e especialmente aquelas que não nos dizem mais respeito, uma vez que em Cristo, somos novas criaturas. Tenho uma proposta a você nesse ultimo domingo do ano. Olhe para o novo ano como algo a ser conquistado e também uma oportunidade para se conquistar, se conquistar naquelas áreas que você mesmo luta para vencer. Tenho dito que o primeiro obstáculo que encontramos em viver o propósito de Deus começa comigo mesmo. Portanto,
Conquiste tudo que em você que lhe dirige para longe da vontade de Deus, se aproximando dEle diariamente em oração e meditação;
Conquiste tudo que lhe impede de servir, se engajando em sua obra, na igreja e onde você estiver;
Conquiste tudo que sugira uma vida encapsulada e voltada para projetos pessoais, a vida é muito mais que isso. Olhe para o próximo com os olhos de Jesus;
Conquiste toda sombra de ódio e desamor, amando com sua vida, suas atitudes, seus gestos;
Conquiste toda ausência de fé, olhando para o autor e consumador de sua vida.;
Conquiste toda acomodação, olhando em volta e vendo que sua presença pode mudar situações para melhor;
Assim, o novo ano provavelmente será melhor quer todos os que você viveu até aqui, independente de quantos tenha vivido.
por Miguel Uchôa | 14 dez, 2012 | Blog
Um dia, um belo dia, surgiu em minha vida, que ainda despertava para o mundo, um jovem de sotaque que puxava pelos “Ss” fazendo-os quase se valer um “X” e que chamava Colégio de “Culégio”. Começava ali uma amizade que além de durar muito tempo, teve profundas implicações em minha vida e também na dele.
Conheci Pedro Paulo nos bons tempos da turma do Trenzinho e do edifício Transatlântico, Av. Boa Viagem. Junto com ele e com uma boa turma vivemos os bons tempos do Boa Boliche, das festinhas, do búzios e do Tio Pepe ali na beira mar. Introduzi PP no surf com meu primeiro long board de isopor e Gaibú era nosso reduto. Logo ele adquiriu a sua Gledson, marca nova que estava chegando ao mercado. Depois de muitas pranchas, muitas dormidas nas varandas das casas dos veranistas que nunca veraneavam em Gaibú, debutamos em Maracaípe em um final de semana onde haveria um campeonato de surf, mas o organizador sumiu com as inscrições e a multidão de jovens nordestinos, não mão, aproveitou apenas o grande swell daquele fim de semana. Embaixo daquela lona esticada no velho fusca do “Serjão” fomos acordados pelo velho amigo Fernando Murrinha que dava as coordenadas do mar, que na realidade, apenas entendemos que estava muito bom e pudemos presenciar aquela beleza de maracaípe como ninguém mais consegue ver hoje em dia.
Foram muitos desses mares que surfamos juntos, mas a maior onda que de fato pegamos foi quando juntos iniciamos nossa remada na direção da “onda” de Jesus. Quantas experiências, quantas aventuras, quantas alegrias… Juntos decidimos passar entre os 10 primeiros lugares em Eng. de Pesca e assim conseguimos, juntos compartilhamos um chamado para o ministério, juntos entramos para o seminário, vivemos uma vanguarda de trabalho entre jovens cristãos no Recife, fomos pioneiros na Igreja Anglicana em Boa Viagem e mentoreados de perto pelo nosso amado Bispo Sherril.
Saudade é a palavra exclusiva de nosso idioma, mas exclusiva também para expressar o que sinto daqueles bons tempos de encontros, reuniões da sexta feira com D. Léa preparando o lanche para aqueles muitos jovens que vinham ouvir de Jesus.
De nosso bom tempo de UFRPE e da ABU, de Tamandaré e de nossos acampamentos de carnaval tão abençoados e que tantas vidas abençoaram.
A história de nossas vidas tomou alguns atalhos diferentes, mas permanecemos na mesma direção, aquela de onde nunca nos desviamos, a direção do centro da vontade de Deus. Pedro foi um grande irmão, um amigo, parceiro cheio de amor, cheio de graça e um líder por natureza. Ao lado de sua sempre fiel companheira Nádia e junto com Valéria vivemos grandes momentos na intensa vida que lhe foi solicitada de volta no dia de hoje.
A Bíblia fala da vida nessa dimensão como nuvem passageira, orvalho que se dissipa, piscar de olhos. Dificilmente encontraremos respostas para nossos questionamentos quanto a essas surpresas que nos aterrorizam na nossa humanidade limitada.
Pedro, você sempre pareceu estar à frente de nós e mais uma vez saiu na frente, você está hoje na presença plena de Deus e nós continuamos tentando entender melhor o que isso significa de fato, aquilo que os nossos olhos não viram, e que não podemos materializar em nossas limitadas mentes, você já vislumbra.
Amigo, meu pranto somente se atenua em sua intensidade quando me lembro que a certeza da ressurreição nos traz a possibilidade de um reencontro onde esse pranto cessará e a dor, o medo e outras limitações nos deixarão de vez.
Nadia, seu marido foi referência para nossa geração
Felipe, Lucas e Priscila , olhem para seu exemplo de servo
Meu querido irmão
Obrigado por ter existido em minha vida
Eternamente grato
Seu irmão
Miguel