por Miguel Uchôa | 13 dez, 2011 | Blog
Quando pessoas pensam e defendem seus pontos de vista nada deve ser reprimido em termos de forma de expressão. A livre expressão é um direito de todos. No entanto, as medidas precisam ser as mesmas para todos os casos.
O que se considera homofobia, agressão contra os homossexuais, e de fato é, deve ser banido da sociedade. Cada qual tem o direito de ser e pensar como quiser desde que seja sua posição pessoal sem tentar impor nada a quem quer que seja. No entanto, é também agressão à família heterogênea, ao conceito de fidelidade familiar, defendida pela extrema maioria da população seja de maneira pública ou privada, quando se promove o adultério, a promiscuidade e se vulgariza o conceito de família e de espiritualidade cristã, que é o caso a que me refiro.
Na realidade, acho desnecessário colocar outdoors pela cidade dizendo que o homosexualismo é pecado, porque teria que colocar outdoors espalhados sobre tudo que é pecado e não haveria terrenos disponíveis para tal iniciativa. Não é assim que pregamos o evangelho, não é sendo contra e sim sendo a favor daquilo que Deus é a favor.
Da mesma forma é uma agressão e um ato desmedido colocar outdoors que motivam as pessoas a serem promiscuas, adulteras usando inclusive a imagem do Cristo e fazendo pouco do conceito de perdão defendido pelas Sagradas Escrituras. Neste caso, o outdoor taxado de homofóbico foi sensurado, mas os demais estão expostos em Recife e em outras cidades Brasileiras.
A sociedade, que de maneira hipócrita se diz politicamente correta não se manifestou contra o segundo caso, mas fez um grande tumultuo em torno do primeiro. Volto a dizer, ambos desnecessários em meu ponto de vista. Isso pode nos mostrar que os pesos e as medidas são diferentes e a justiça, não é tão cega assim quando é dirigida por seres humanos.
por Miguel Uchôa | 5 dez, 2011 | Blog
Quando alguém conhece de fato a Jesus Cristo, e quando falo isso0 não digo apenas um coração emocionado, uma lagrima vertida, uma emoção incontida. Trato de um coração transformado em sua cosmovisão, eu via o mundo assim, agora vejo-o dessa forma algo como, minha visão ia no limite de meu nariz, agora se estende onde Deus me levar… Meus valores eram esses, agora eu declaro que meus valores são outros, bem diferentes e bem centrados nas Palavras de Jesus em sua totalidade e não apenas em trechos convenientes que justifiquem atitudes e posicionamentos. A isso chamo de conversão genuína.
Ao longo de minha experiência cristã que completa dia 21 desse mês alguns 31 anos, tenho visto muitas conversões desse tipo e meu coração se alegra por, em diferentes etapas de minha caminhada, como jovem, líder de jovens, pastor de jovens, pastor auxiliar e Reitor ou seja pastor efetivo e fundador de uma comunidade nos últimos 15 anos ter podido investir em inúmeras vidas e ver o que Deus fez e tem feito usando essas vidas no Seu grande plano de transformação da sociedade. No entanto não me conformo com tantas vidas que vi serem tão atuantes estarem hoje tão inertes. Onde foi parar aquela paixão?
Mas, sinceramente sou um inquieto, entendo que dentro do universo daqueles que sinceramente se convertem a Cristo existirá sempre aqueles que levantarão a bandeira e irão adiante como parte desse “exército”, que não medirão esforços, que trabalharão sacrificialmente pela expansão do Reino. Existirão também aqueles que levantarão a bandeira, mas ficarão em seus lugares, usando seus talentos dentro de suas possibilidades além daqueles que discretamente levantarão a bandeira a meio mastro e eventualmente manifestarão a sua posição, sem falar daqueles que durante algum tempo foram ativos colaboradores do Reino , mas que em algum momento voltaram-se para seus mundos pessoais e hoje, tem suas vidas equilibradas, famílias bem estabelecidas, vidas profissionais exuberantes, mas que de forma alguma a expansão do Reino de Deus lhes queima as pestanas, lhes traz preocupação. Vivem bem abastecidos das mensagens em suas igrejas, conhecem os valores do Reino, vivem de acordo com eles na maioria das vezes, mas quando se fala em envolvimento e espirito de conquista, a correria, a ausência de tempo etc. são empecilhos a qualquer possível participação. Perderam o gosto pela causa, mas vivem dentro do Reino, creem firmemente, mas a paixão, aquela um dia vivida, essa se foi, deu lugar a uma crença inequívoca mas associada a uma acomodação indiscutível.
Não tenho ilusão de que será diferente, sempre haverá esse tipo de diferença entre posturas, comportamentos e atuações. Mas se existe algo que me inquieta é ver um talento adormecido, um dom congelado um navio no porto, um cristão inerte, um espaço a ser preenchido, enxergar as peças chaves e não poder contar com elas, ha sim, isso inquieta meu coração. O Amor de Deus me constrange a sair, o presente de Deus que recebi em Jesus Cristo me deixa inquieto em estar apenas vivendo, mas sem fazer qualquer diferença significativa para que a oPalno de Deus seja levado a cabo.
Não, não fomos criados e transformados para nos limitarmos a uma vida equilibrada, como diz um pastor amigo meu, “o evangelho acomoda os atribulados e incomoda os acomodados” assim creio e o que me consola é que o Poder de Deus em algum momento pode trazer de volta esse elo perdido que conecta todos nós ao coração missionário de Deus e nos faz Irmos por todo mundo e levarmos as boas novas de Jesus Cristo.
Um dia estaremos diante de Deus e uma pergunta nos será feita: “ O que você fez com Cristo?” a resposta a essa pergunta é o que deve direcionar as nossas vidas. Que diferença fez e faz Cristo em minha vida e que diferença eu fiz e faço para Cristo.
por Miguel Uchôa | 21 nov, 2011 | Blog
A imprensa no Brasil sabemos é bastante tendenciosa. No entanto, por mais que assim seja, contra fatos não há argumentos. O PCdo B foi longe demais é por isso que creio que a regulamentação da imprensa deveria incluir os programas políticos de horário gratuíto . Transcerevo esse artigo de Roberto Pompeu de Toledo na integra. A massa desinformada engole tudo, de todos os lados. Miguel Uchoa
“ à Moda Stalinista”
Pouco antes de jogar a toalha, na semana passada, e entregar a cabeça do ministro do Esporte, Orlando Silva, o PCdoB tentou reinventar seu passado. No programa de propaganda obrigatória que foi ao ar no dia 20, apresentou como emblemas do partido Luís Carlos Prestes, Olga Benario, Jorge Amado, Portinari, Patrícia Galvão (a Pagu), Oscar Niemeyer e Carlos Drummond de Andrade. Era uma fraude similar às operações do programa Segundo Tempo. Dos sete, os seis primeiros pertenceram ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), o arquirrival do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O sétimo, o poeta Carlos Drummond de Andrade, não foi nem de um nem de outro. O partido tentava, num programa de TV em que jogava as últimas fichas para safar-se do escândalo no Ministério do Esporte, pegar carona num casal de ícones da história brasileira (Prestes e Olga) e em algumas das mais queridas figuras da cultura do país.
O caso menos grave é o de Oscar Niemeyer, o único vivo do grupo. Apesar de ter sido militante do PCB, já apareceu em programas anteriores do PCdoB, do qual aceita as homenagens. O mais grave é o de Prestes. O PCdoB surge, em 1962, do grupo que, no interior do PCB, discordou da denúncia do stalinismo promovida na União Soviética após a morte do ditador. O PCdoB, com um curioso “do” no meio da sigla, será daí em diante o guardião da pureza stalinista. Os outros são a “camarilha de renegados”. E o renegado-mor, claro, é Prestes, o líder do PCB. No verbete “PCdoB” da Wikipédia, escrito num tão característico comunistês que não deixa dúvida quanto à sua procedência oficial, Prestes é tratado de “revisionista” (insulto grave, em comunistês) e acusado de ter “usurpado a direção partidária”. Também se diz ali que “abandonado à própria sorte, em idade avançada”, Prestes “dependerá de amigos como Oscar Niemeyer para sobreviver”. Eis colocadas na mesma cloaca da história (o comunistês é contagiante) duas figuras que agora o PCdoB alça ao altar de seus santos.
Entre os outros casos de usurpação biográfica, a alemã Olga, primeira mulher de Prestes, foi fiel soldado das ordens de Moscou. Morreu muito antes de surgir o desafio do PCdoB, mas é de apostar que essa não seria a sua opção. Portinari e Pagu morreram, no mesmo 1962 do cisma comunista, ele fiel à linha de Moscou, ela convertida ao trotskismo, portanto inimiga do stalinismo. Jorge Amado na década de 60 já tinha o entusiasmo mais despertado pelo cheiro de cravo e pela cor de canela do que pela causa do proletariado. Em todo caso, sua turma era a de Prestes, o “Cavaleiro da Esperança” que cantara num livro com esse título.
O caso mais estapafúrdio é o de Drummond. Nos anos 1930/1940 ele praticou uma poesia de cunho social e filocomunista. Chegou a colaborar com o jornal Tribuna Popular, do PCB. Mas nunca se filiou ao partido. Cultivou a virtude de nunca ser firme ideologicamente. O namoro com o comunismo, dividia-o com a fidelidade ao Estado Novo, ao qual serviu no Ministério da Educação. No pós-guerra, mitigava o comunismo com a sedução pela UDN do amigo e mentor Milton Campos. Em 1945 votou para senador em Luís Carlos Prestes, do PCB, e para presidente em Eduardo Gomes, da UDN. E, em 1964, apoiou o golpe militar. “A minha primeira impressão foi de alívio, de desafogo, porque reinava realmente, no Rio, um ambiente de desordem, de bagunça, greves gerais, insultos escritos nas paredes contra tudo. Havia uma indisciplina que afetava a segurança, a vida das pessoas”, explicou numa entrevista, transcrita em livro recente (Carlos Drummond de Andrade Coleção Encontros). Agora vem o PCdoB dizer que Drummond foi um dos seus!?
Desconcertante história, a desse partido. A defesa do stalinismo levou-o a festejar o grande timoneiro Mao Tsé-tung e, quando o timão do chinês emperrou, buscar inspiração na Albânia do “Supremo Camarada” Enver Hoxha. Arriscou uma aventura guerrilheira nos barrancos do Araguaia. E, em anos recentes, encantou-se pela UNE e pelo monopólio da carteirinha de estudante, declarou ao esporte um amor insuspeitado em quem associava o partido à figura franzina do patrono João Amazonas (1912-2002) e recrutou, para reforço de suas chapas, jogadores de futebol (Ademir da Guia, Muller) e cantores (Netinho de Paula, Martinho da Vila) em quem nunca se suporia inclinação pela causa da foice e do martelo. Se há uma coisa em que manteve a coerência, é no vezo stalinista. Stalin mandava cortar das fotos dirigentes do partido caídos em desgraça. O PCdoB inclui em suas fileiras gente que lhe foi alheia. Pelo avesso, chega ao mesmo fim de falsificar a história.
Roberto Pompeu de Toledo
Revista veja Ed 2241 03 Novembro 2011
por Miguel Uchôa | 2 nov, 2011 | Blog
Em 1998 eu participei de um seminário avançado de liderança do Instituto Haggai em Maui no Havai. Ali, pela primeira vez fui exposto a liderança com excelência e pude compreender o valor de investirmos em nossa capacidade de liderar. Pois Deus nos colocou para liderar onde quer que estejamos. Desde então sou leitor, ouvinte e assisto tudo que consigo de qualidade na área e posso ver como Deus tem me abençoado pelo exemplo e ensinamentos de tantos homens e mulheres experientes e abençoados nesse setor. Quando conheci o SUMMIT logo quis trazer para Recife e faz 5 anos que realizamos este evento com esmero, na intenção de que a cidade de Recife possa ser exposta ao que há de melhor nessa área em todo mudo. Invista na sua capacidade de liderar, entre na dimensão dos que ousam, que investem e que buscam crescer sempre. Como diz a propaganda, saia da mesmice, deixe de fazer sempre as mesmas coisas, lidere onde você estiver. Venha ao SUMMIT e entenda o que estou tentando dizer
por Miguel Uchôa | 27 out, 2011 | Blog
Li por estes dias uma excelente entrevista feita a Paul Freston sobre o ser evangélico, realmente gostei, bastante edificante e esclarecedora. Precisamos saber e definir bem este termo. Sou parte de uma associação mundial em minha denominação cristã chamada “Aliança dos Evangélicos na Comunhão Anglicana”. Mas o que a palavra “Evangélico” realmente significa! Parece que temos observado o advento de mais um rótulo. Ser evangélico hoje pode significar estar ligado a uma denominação de origem protestante, pode significar um antagonismo ao ser católico e às vezes escuto o termo ser usado se referindo a um tipo de casta, elite espiritual ou coisa parecida. Lembro-me de um anuncio de rádio que dizia: “Prove que é evangélico e ganhe 10% de descontos…”
Minha pergunta é: Como poderia eu, provar que sou evangélico! Esta pergunta seria respondida por alguns com a apresentação de uma carteira de igreja, mas isso ainda não é ser evangélico, existem muitas pessoas que estão associadas a uma denominação evangélica e nem por isso apresentam as características do evangelho. Outro responderia mostrando a igreja que frequenta, se a frequência à igreja nos torna-se evangélicos, me tornaria um chinês ao frequentar assiduamente um restaurante chinês. Não, nem frequência, nem membresia, podem atestar o ser evangélico.
O professor Davison Hunter, da Universidade de Virgínia EUA, disse que os evangélicos segundo o mundo acadêmico seriam os “lunáticos religiosos” “Zelotes de direita”, “fanáticos”, “demagogos”, “anti-intelectuais e simplistas”, sua mensagem seria considerada “maliciosa”, “cinica”, “bitolada”, “separatista”, “irracional”. O que tem este cristianismo evangélico para levantar tamanha popularidade e repulsa!
O ser evangélico é a única maneira de ser cristão!! Não me julguem por esta afirmação, não me refiro as carteirinhas ou aos rolls de membros das igrejas, mas sim a um certo “DNA” que cada cristão deve ter, ligado e fundamentado nas Escrituras, encravado na história e que nestes últimos 2.000 anos tem sido agente de transformação na sociedade.
A fé evangélica não é uma inovação recente, dizia O Rev. John Stott em sua excelente obra “A verdade evangélica” (título original) diz: “…nos atrevemos a dizer que o cristianismo evangélico é o cristianismo original apostólico, o cristianismo do Novo Testamento”. Lutero afirmou: “não ensinamos nada de novo, mas repetimos e estabelecemos coisas antigas, que os apóstolos e todos os mestres piedosos ja ensinavam antes de nós”. Wesley, avivalista do séc XVIII na Inglaterra era acusado de introduzir novas doutrinas, ao que sempre respondia “o que ensino é o bom e velho cristianismo…”
Ensinando o velho ensino, o ser evangélico faz novas todas as coisas e prega a verdade bíblica como libertação de todos os males (Jo 8:32). O ser evangélico, fiél ao evangelho se insurge contra todas as formas de opressão. Foram os evangélicos que marcaram a história da Europa com lutas históricas. O sociólogo J. Brady escreveu o clássico “A Inglaterra antes e depois de Wesley” fazendo menção ao impacto social do avivamento evangélico liderado pelo ministro Anglicano. William Wilberforce , líder evangélico, lutou por décadas pela abolição do tráfico de escravos na Inglaterra e em suas colônias, conseguindo-a em 1883, sua argumentação era bíblica e solidamente evangélica. Confrontava a nação com a mais pura doutrina evangélica.
Uma grande injustiça e que se comete com frequência, é comparar pejorativamente o ser evangélico com uma postura fundamentalista. O ser evangélico na sua essência é fundamentalista sim! A origem deste termo esta ligada a muito respeito e seriedade. Se refere a publicação de 12 livretos sobre os fundamentos do evangelho, estes livretos circularam entre 1909 e 1915 e tratavam de temas como salvação, justificação etc. O termo fundamentalista estava ligado a qualquer pessoa que acreditava nas verdades centrais da fé cristã, os fundamentos. Portanto em sua origem o termo fundamentalista era aceitável como sinonimo de evangélico. Lamentavelmente hoje as coisas mudaram e o fundamentalismo está associado aos grupos que se isolam e que rejeitam as ciências, que entendem a Bíblia numa perspectiva apenas literal, que confundem doutrina bíblica com usos e costumes, que demonizam a cultura e errando, assumem valores de outras culturas como santas e divinas, especialmente a cultura do colonizador espiritual ou implantadores das missões.
O ser evangélico supera tudo isso e se assume como a essência do evangelho, não entendendo essência, como a mais pura, porém como as coisas essenciais, mais relevantes, inegociáveis que o evangelho nos apresenta. O mundo cristão hoje vive uma verdadeira “Babel evangélica”, a cada dia surgem novas igrejas, novos grupos, novas agremiações eclesiásticas, todas sob a mesma bandeira Evangélica. Mas seriam mesmo !
Minha preocupação continua! como poderia provar que sou evangélico! Eu tentaria a seguinte resposta: Sou evangélico porque creio na velha mensagem do evangelho de Jesus Cristo, Sou evangélico porque entendo a mensagem do evangelho como libertadora e não opressora, como meio de graça e transformação das estruturas malignas da sociedade, sou evangélico por que creio nos fundamentosda fé cristã como necessários e vitais para minha existência.
Com carteirinha ou sem ela, arrolado ou não em uma membresia, protestante ou não… o ser evangélico não se permite rotular, mas se afirma em sua essência, a essência do evangelho. Tenho aprendido que muitas vezes vamos além da essência, esquecemos nossas raízes históricas, deturpamos os fundamentos…
Quando assim fazemos, deixamos de lado o Ser Evangélico
por Miguel Uchôa | 10 out, 2011 | Blog