Minha mãe, D. Lenita tinha um habito interessante de dizer ditados populares, para cada situação ela se saía com um desses ditados. Um dos mais frequentes era esse aqui: “Vocês só querem o vem a nós, Vosso Reino, nada!” isso dizia ela quando queria afirmar que alguém só pensava em receber, mas nunca em dar ou se entregar .
urante muito tempo eu convive com cristãos(ãs) que sempre considerei de comportamento estranho, isso porque a pratica dos(as) mesmos(as), não condizia em nada com aquilo que conseguimos alcançar pela leitura das Escrituras Sagradas. Gente que de alguma forma é filiada ou não a uma comunidade cristã, mas que no seu dia a dia vive com uma agenda peregrina, gente que para cada expediente do dia e cada dia da semana tem uma reunião para ir, uma vigília para participar ou um encontro de “mistério” para estar presente.
Via de regra, estas pessoas não estão envolvidas com suas comunidades, não se envolvem com quaisquer ministérios, e em muitos casos sequer frequentam regulamente os cultos de “sua” comunidade. Gente assim perambula em busca do que se chama “encontros de poder”. Gente assim põe o Espírito Santo em departamentos, e vive como se Deus somente se manifestasse nesses lugares misteriosos.
Gente assim precisa rever seus conceitos de fé e buscar uma base bíblica para seu comportamento, onde dificilmente encontrará, pois inexiste. Ninguém pode ser mais espiritual do que aquele(a) que vive pela Palavra de Deus e segue seus preceitos. Como justificar pelas Escrituras esse comportamento que leva as pessoas a um cristiani9smo de mão única, de venha a nós sim, mas ao vosso Reino nada?
Muitos anos atrás via isso com mais frequência e imaginava eu que esse comportamento já fazia praticamente parte do passado, mas não faz, certifico-me que hoje talvez mais do que nunca isso esteja acontecendo em detrimento de uma espiritualidade sadia e de mão dupla, de quem dá e recebe, de quem se entrega e atua, de quem se sacrifica, trabalha, se envolve em ministérios, dá seu dízimo, partilha seus talentos e assim faz a obra de Deus acontecer na prática.
Assim é que se vive a fé cristã, senão vejamos os exemplos das Escrituras, pelo menos alguns deles tanto no AT quanto no NT e na igreja nascente até os dias de hoje.
Moisés quis ficar em Midiã na comodidade de sua “empresa familiar” e somente por insistência de Deus saiu da zona de conforto e foi libertar seu povo do Egito
Davi quis ficar na caverna, de Adulão, mas Deus não permitiu.
Paulo foi um grande homem de oração e disso entendia bem, mas executou a obra de Deus de maneira sacrificial e podemos dizer que dificilmente teríamos o cristianismo como o temos hoje sem o seu esforço e sacrifício.
Pedro, da mesma forma morreu crucificado por pregar o evangelho, ninguém morre assim por um delito simples. Isso foi sacrifício
Os líderes da segunda geração de cristãos, bispos, pastores, missionários encontraram a morte por estarem envolvidos totalmente com essa obra e todos eles eram homens e mulheres de oração.
Os cristãos de Roma saiam das catacumbas subterrâneas onde viviam para de maneira arriscada pregar o evangelho
Os pais da igreja, muitos deles foram sacrificados pelo seu envolvimento com essa fantástica missão de anunciar o evangelho.
Dietrich Bonhoeffer, foi enforcado pelo nazismo de Hitler porque não cedeu, como parte da igreja da época ao nazifacismo e seus contra valores
O século XX produziu mais mártires da fé do que em toda história do cristianismo
E Hoje? Hoje a obra de deus avença com os cristãos que estão dispostos a fazer e acontecer pelo nome de Jesus, o cristianismo não avança por conta daqueles quer se escondem em cavernas sob a justificativa de buscar desvendar os mistérios de Deus, quando na verdade estão buscando solucionar seus próprios dilemas e confortar suas próprias almas inquietas. Nada contra quem busca isso, mas como disse Jesus, façam isso, mas não deixem de faze3r as outras coisas.
Não consigo ver na Bíblia, nem na vida de nenhum do santos apóstolos e seus descendentes a postura de um cristianismo de mão única, um cristianismo que busca o venha a nós e nunca o Vosso Reino. Graças a Deus por todos aqueles(as) que estão de alguma forma envolvidos na propagação das Boas Novas, partilhando seus talentos, multiplicando a visão de Deus e vivendo segundo seus propósitos…
Este é o cristianismo verdadeiro, o cristianismo de mão dupla
Este é um pais que vai pra frente, quá, quá quá quá quá!!!
A modinha que se entoava nas propagandas oficiais da ditadura militar do Gen. Ernesto Geisel nos anos 70 dizia isso… “este é um pais que vai pra frente ou, ou, ou, ou, ou…” (https://www.youtube.com/watch?v=VITtfvWM-mg ) nós, estudantes e opositores àquele macabro regime trocávamos o ou,ou pelas risadas do quá, quá! Naturalmente ironizando que uma nação gigante e adormecida não podia acordar se os principais gritos vinham dos porões do DOPS dos lábios dos torturados.
Nunca imaginei que quando chegássemos a uma democracia e principalmente com um tão sonhado governo progressista teriamos motivos para cantar a modinha do mesmo jeito e com a mesma intenção. Hoje vivenciando a realidade política brasileira estamos observando que mudaram os lados, mas as práticas são semelhantes. Os “esquerdoides” não sabiam o que era mamar nas tetas do estado, descobriram, gostaram e seguem no mesmo ritmo dos tiranos “direitoides”.
Temos um governo que se confunde com um partido e um partido que quer mandar no governo. A presidente, de formação gerencial se perde na articulação política e coloca na casa civil alguém que tem 5 meses de mandato e na articulação institucional a “ delicada” como papel de embrulhar prego a Idelle Salvati, parte da infantaria do PT. Ela será encarregada de lidar com o confuso congresso nacional.
Temos um governo que acoberta assassino, que da acolhida para terroristas islâmicos, que se associa com o atraso na América Latina, primeiro com Chávez, depois com os Kitchener, Fernando Lugo, Rafael Correa, Evo Morales e agora o peruano recém-eleito Ollanta Humala. estamos nos associando ao atraso
Temos um ex-presidente que ainda não percebeu que já deixou o cargo e acordou recentemente de sua hibernação política ( quem quisesse que acreditasse que ele iria dormir), dizendo bobagens alegando que Palocci era o Neymar das finanças do mesmo jeito que disse que o filho dele, que enriqueceu as custas de contratos traficados dentro do governo era um verdadeiro Ronaldo fenômeno e voltando a visitar o paraíso esquerdoide cubano, o lugar nas américas onde mais se tortura e massacra juntamente com Guantánamo. Lula troca figurinhas e abraços cordiais com Raul e Fidel Castro, talvez uma consultoria para que em seu retorno anunciado, ele possa ter mais experiência na área do totalitarismo tão comum ao PT
Temos um relator da comissão da reforma política que já anunciou em bom tom “vou defender os meus interesses”… O que precisamos mais? Precisamos de folego para continuar cantando alto e claro “Esse é um pais que vai pra frente QUÁ, QUÁ, QUÁ, QUÁ, QUÁ…”
Esclarecimento Diocesano
Anglicanos – e Outros Evangélicos – Liderando a
Parada do Orgulho Gay de São Paulo?
Em relação ao noticiário da imprensa, dando conta de que a próxima “Parada do Orgulho Gay”, de São Paulo-SP (que pretende reunir um milhão de pessoas) terá, de forma blasfema, o lema bíblico “Amai-vos Uns aos Outros”, e que o presidente da referida manifestação se apresenta como membro da Igreja Anglicana, e que haverá um trio elétrico com espaço próprio para o segmento “evangélico”, onde estariam membros de diversas denominações, como metodistas, luteranos, presbiterianos, etc., além dos referidos “anglicanos”, procurando denunciar a “guerra dos fundamentalistas e conservadores” contra as pobres vítimas homossexuais, a Igreja Anglicana-Diocese do Recife (Comunhão Anglicana), vem a público esclarecer que:
- Essa Diocese é signatária da Resolução 1.10 da Conferência de Lambeth, 1998, que considera a prática do homossexualismo como incompatível com os ensinos das Sagradas Escrituras, e dos documentos recentes da Aliança Evangélica e da Associação Brasileira de Educandários Evangélicos, afirmando a normatividade da heterossexualidade;
- Lamentavelmente, no fragmentado universo protestante brasileiro, além das “igrejas” assumidamente homossexuais (Metropolitana, Contemporânea, Inclusiva, etc.), há segmentos denominacionais – inclusive autoproclamados “anglicanos” – que assumem posturas contrárias à Palavra de Deus;
- Que os ditos “evangélicos” ou “anglicanos”, que participam ou lideram esse lamentável espetáculo hedonista com financiamento público, não são membros ou congregados da Diocese do Recife, nem com a mesma possuem qualquer tipo de vínculo ou relacionamento.
Como tem afirmado o nosso Bispo Dom Robinson Cavalcanti: “Aqui, nós somos crentes!”.
Secretaria Diocesana Anglicana de Comunicação Social
ALIANÇA EVANGÉLICA LANÇA DECLARAÇÃO DE AFIRMAÇÃO DA HETEROSEXUALIDADE
No encontro com a voz de Deus, expressa em sua Palavra, nos sabemos amados e criados por Deus. Não importa quem sejamos e o nome que carregamos, todos viemos ao mundo como fruto desse amor de Deus que é o Senhor de toda a criação e a nós, seres humanos, criou como homens e mulheres.
No decorrer da sua história a igreja de Jesus Cristo tem afirmado esse Deus amoroso e criador e a nossa própria existência humana, como homem e mulher, como fruto dele. Assim como ontem, a igreja faz esta mesma afirmação hoje, incluindo nela a realidade da heterossexualidade. É esta a razão pela qual nos manifestamos contrários à prática homossexual e à sua legitimização e afirmação em nossa sociedade.
Estamos conscientes de que muitas vezes, ontem e hoje, não temos sabido viver adequadamente segundo a marca do amor e da vontade de Deus. Assim agindo, nosso testemunho acerca de um Deus de amor e criador fica comprometido pela nossa própria desobediência, injustiças e idolatrias. Neste processo, no entanto, também descobrimos que Deus, em sua graça, nos permite reconhecer nossos descaminhos e reconstruir nossas vidas. É assim que olhamos para a prática da homossexualidade: um descaminho a ser reconstruído pelo Deus criador, na consciência de que, quando buscado, Deus é encontrado como um Deus de graça.
Estamos conscientes de que há outras práticas que negam o amor de Deus, entristecem o seu coração e desestruturam a nossa vida pessoal e coletiva. Cada uma dessas práticas deve ser reconhecida e caminhos de mudança devem ser buscados. Mas hoje o nosso enfoque está na prática da homossexualidade e na tentativa da sua legitimização e até imposição a toda uma nação. Nós, como igreja de Jesus Cristo, precisamos nos opor a esta proposta e afirmar a heterossexualidade como a expressão saudável que conduz à construção de uma sociedade de harmonia e bom exercício de cidadania, sob a marca do amor criador e da graça renovadora de Deus. Precisamos também nos manifestar radicalmente contrários a qualquer tentativa de cercear a liberdade de expressarmos, tanto privada como publicamente, aquilo que entendemos ser a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nós, para as nossas famílias e para a nossa sociedade.
Hoje nós conclamamos a nação brasileira, como um estado laico que deve zelar pelo direito de todos, para a construção de uma sociedade que tenha a marca da justiça e do amor e que se oponha ao controle de qualquer minoria que queira patrulhar outros grupos e expressões que lhe sejam diferentes. Hoje, conclamamos a nação brasileira a que se deixe encontrar por Deus através do evangelho, no qual Jesus diz que veio trazer vida em abundância para todos e que todos encontrassem o caminho da sua prática de vida pessoal e comunitária no seguimento a ele.
Por uma nação livre e democrática!
Brasil, maio de 2011.
Coordenadoria da Aliança:
Christian Gills
José Carlos da Silva
Maria Luiza Targino A. Queirós (Nina)
Oswaldo Prado
Robinson Cavalcanti
Valdir Steuernagel
Wilson Costa, Coordenador Executivo
Até breve meu irmão John e muito obrigado!
Recebi de presente ainda no ano passado o livro “ The Radical Disciple”, autoria de John Stott. Dei uma folheada e coloquei na linha de sucessão de minhas leituras. Por estes dias recebi novamente a versão já em português da mesma obra e então passei a leitura da mesma. Um dia foi suficiente para imergir nas palavras objetivas e nos raciocínios profundos e cheios de amor que o autor, com facilidade incomum escreve.
Estive com John Stott em algumas ocasiões participando de encontros da Aliança Evangélica Anglicana, “bebi”de muitos de seus devocionais e exposições Bíblicas nestes encontros e de uma conversa aqui e ali em um corredor, que ele provavelmente jamais se lembrará, e que eu jamais esquecerei. Não posso dizer que sou seu amigo, mas sou seu irmão. Admiro seu estilo de vida e sua simplicidade aliados à sua sempre profundidade.
Nesse momento fechei a ultima página, não sem antes ler o que ele mesmo chamou de pós- escrito, uma despedida das letras. Confesso que me entristeci, pois significa que não terei mais a chance de ler nada que tenha sido escrito diretamente por esse homem que durante décadas educou espiritualmente e discipulou à distância milhões de cristãos. John Stott foi um dos poucos cristãos, para não ser injusto com os que desconheço, que eu vi ser profundamente bíblico, especialmente evangelístico e com uma capacidade de exposição bíblica incomum.
Minha geração foi marcada por esse homem. Meus primeiros passos em aproximação a fé cristã se deram através da aliança bíblica universitária (ABU) na Universidade Federal Rural de Pernambuco onde cursava Eng. de Pesca. Ali encontrei amigos que haviam conhecido a Cristo e que se reuniam em intervalos de aula para estudos bíblicos e compartilhar de vida. Aproximei-me deles e de outros amigos da Igreja Anglicana em Boa Viagem e em pouco tempo, minha vida estava entregue nas mãos de Deus, eu havia me convertido.
Passados alguns dias de minha conversão aconteceu em Janeiro de 1980 o Congresso Nacional da ABU que tinha como expositor Bíblico em 2 Tm, nada menos que John Stott. A noite as palavras eram ministradas pelo então jovem pregador Caio Fabio de Araújo ( o mundo dá muitas voltas).
Desde então fui leitor assíduo das obras de John Stott. Aprendi as bases do Cristianismo com o clássico “Cristianismo Básico”, entendi a profundidade da cruz e a não banalizar seu significado com a obra “ A Cruz de Cristo” , quando me deparei com “ Ouça o Espírito ouça o mundo” tomei consciência do que significava equilíbrio na fé, “ A verdade do Evangelho” me mostrou a necessidade de sermos Uma Igreja, e como foi útil entender através de “ O Cristão numa sociedade não cristã” sobre meu compromisso com esse mundo e com os que sofrem. Entendi melhor a missão cristã lendo “ La mission Cristiana Hoy” e que nosso silencio era culposo em “ Our Guilty Silence” , mas não demorou para perceber que “ Crer é também pensar” e que existe um “ Authentic Jesus” aprendi o equilíbrio da vida no Espírito quando li “ Batismo e Plenitude no Espírito Santo” . A essa altura, já havia me tornado um pregador e ajustei minha vida ao “ Perfil do pregador” e continuei firme dizendo “ I Believe in Preaching” . Minhas mensagens e estudos sempre foram temperadas com os “comentários aos Romanos” , “ Atos dos Apóstolos”, sobre o “ Sermão do Monte e tantos outros, além de ampliar minha compreensão de missão através da série de “ Comentários de Lousanne” . O “ Cristianismo Autentico” ficou mais claro para mim e me deleitei quando li “ A Bíblia toda o ano Todo” , me encantei lendo seus “ Salmos Favoritos” e em saber “ O que Cristo Pensa da Igreja” . Percebi que fazia parte de um grupo de “ Homens com uma Missão” .
Hoje, procuro ser um “ Discípulo Radical” e sigo nessa difícil tarefa de colocar minhas raízes mais profundas emaranhadas com a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, pregando sempre “ A verdade do Evangelho” .
Que Deus abençoe esse homem que hoje, rumando para um século de vida, transformou e formou a vida de muitos nestes últimos séculos.
Até Breve meu irmão John e muito obrigado!
Miguel Uchôa
“Na vida tudo despenca, só o que se mantém firme é a família”
Faz alguns meses, comecei a ler o livro de Elizabeth Gilbert, confesso que não me empolgou e como creio que tempo é algo precioso, coloquei de lado logo que soube que o filme estava chegando na “praça”. Como adoeci e fiquei impedido de ir ao cinema por muitos meses (está fazendo um ano que não entro em uma sala) somente agora me lembrei de locar o DVD e assisitir. Valeu a pena assistir, foi bom não ter seguido com a leitura.
Se você assistiu ao filme ou leu o livro, não sei se percebeu pelo angulo que eu percebi, a falta que uma família estruturada faz na vida de um ser humano. Liz, a protagonista da história é uma mulher confusa até onde não se possa mais imaginar, com mais interrogações que pontos finais que possam encerrar uma sentença em sua vida. Vem de relacionamentos interrompidos em sequência desde a sua adolescência.
Na 1ª parte da história aparece uma mulher em crise que não soube administrar um casamento, que omitiu de seu amado tudo que não gostava nele para em um rampante dizer simplesmente “ eu não quero mais estar casada ” e aí sim, dizer tudo o que a incomodava no seu marido de uma vez deixando ele meio louco, sem entender e sem opções. Claro quem entenderia algo assim?
Lido com casais em “preparação” para casamentos e percebo o quão despreparados eles estão para enfrentar a vida a dois, casamentos que são fugas de diferentes realidades e até de si mesmos, concessões que são feitas a qualquer preço pelo simples fato de temerem a solidão ou o que se valha. Liz, entrou no 1º casamento, segundo ela mesma, dessa forma no ímpeto da juventude e sem conhecer o amor e suas implicações. Aquela família se quebrou, pela inconsequência de decisões prematuras.
Na 2ª parte da história, ela decide ir a Itália para comer bem, digamos assim. Mas na realidade ela se encontra em meio a um grupo de pessoas que no final de tudo mostra o valor da família. Não consegui ver Liz buscando satisfazer o paladarcom a culinária italiana ou o conhecido “dolce far niente”( o prazer de não fazer nada) mas sim em busca de si mesma. E onde ela encontra guarita? No caloroso ambiente familiar. Aquela família ajudou Liz a entender o valor, não da boa pasta italiana , mas de um ambiente saudável gerado por uma família feliz.
Na 3ª parte da história. Liz vai a India em busca de se aproximar de Deus e quem sabe, de si mesma. Vive em um monastério, retirada. Mas quem se mostra alí é um texano que também está em busca de perdão por ter jogado sua vida para o ar por conta da bebida e se lamenta profundamente procurando se perdoar porque destruiu o quê? Exatamente aquilo que ele reconhece ser o que possuia de maior valor, a sua família. Na Índia ela ainda se identifica com uma jovem que vive um casamento arranjado e demonstra infelicidade com aquela escolha. Mais uma vez a figura do casamento equivocado vem a tona e junta-se com a história de uma curandeira que é divorciada porque vivia em pé de guerra com o marido com atos de violência por parte dele. Famílias desencontradas gerando infelicidade.
Na 4ª parte da história contada por Elizabeth, ela se encontra em Bali, de volta a casa do Xamã que havia “profetizado” a falência de seu casamento e o seu retorno àquele lugar. Alí ela se apaixona por um brasileiro de nome Felipe que também vem de uma experiência familiar quebrada por um divórcio. Ele mostra fortes laços com seu filho, mas parece sem forças para superar o trauma que aquele casamento deixara, levando-o a estar 10 anos sem um relacionamento. Liz está em Bali para encontrar o amor e o equilíbrio na vida. Decidida a partir e jogar tudo para traz, rompe com Felipe em nome do equilíbrio, mas ainda parece presa ao desequilíbrio que a levou a essa aventura, a busca de si mesma. Por fim recebe um conselho do xamã : “ as vezes em nome do amor muitas coisas se desequilibram em nossas vidas, mas depois se ajustam…” ou seja, o amor é prioridade. Ela desiste de partir e volta para Felipe e agora sim, consegue viver um relacionamento saudável, sem sombras e assim formam uma família que agora, parece estável. Liz não estava em busca de orações ou comida, ela estava em busca dela mesma e do verdadeiro sentido do amor que se completa e toma sentido no seio de uma família.
Como disse a mama italiana que alugou a casa a Liz: “na vida tudo despenca, só o que se mantém firme é a família”