por Miguel Uchôa | 19 maio, 2009 | Blog
Quem zomba dos pobres mostra desprezo pelo Criador deles; quem se alegra com a desgraça não ficará sem castigo. Pv 17:5
Todos nós ficamos impressionados com as chuvas que destruíram quase que cidades inteiras no sul/sudeste do país no final do ano passado. A mobilização nacional foi imensa e muitas toneladas de donativos foram entregues. Até aqui tudo bem, estamos vendo o ser humano em sua capacidade de superação e auxílio. Mas surge a notícia absurda. Um empresário Catarinense recolheu toneladas destes donativos e os vendia a comerciantes e a terceiros.
Veja os dados daquela tragédia: As chuvas de verão que castigaram o país desde Novembro do ano passado deixaram um saldo impressionante: 200 pessoas morreram e quase 200 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas com as enchentes. Centenas de municípios decretaram situação de calamidade e, apesar de não se saber exatamente o valor do prejuízo, ele pode passar da casa dos bilhões.
Quem se alegra coma desgraça, que lucra com a miséria faz pouco caso do criador e não ficará impune. Mas é difícil imaginar que alguém possa viver em paz, deitar sua cabeça sobre o travesseiro enquanto lucra em cima da desgraça humana , das lágrimas de famílias que tudo perderam, que deixaram suas casas com a roupa do corpo, que viram seus bens serem levados, parentes desaparecerem diante de seus olhos imergidos na imensidão daquelas correntes de água…
Não, não consigo imaginar que alguém possa fazer isso.. mas é o que vivemos nesse país sem Deus, sem leis para alguns e comandado por pessoas que se beneficiam da miséria de outros. Não se iluda, Deus não se deixa escarnecer. Hoje o estado do Maranhão está debaixo dágua, enquanto isso a briga dos caciques políticos que exploram esse povo é travada nos tribunais. Brigam pelo poder.. poder fazer algo em beneficio de si próprios. Verdadeiras dinastias, clãs que poderiam ter outros nomes.
Continuo crendo que somente Deus pode dar o futuro que esse país precisa e para isso, Ele precisa de homens e mulheres tementes, honestos, éticos e verdadeiros. Enquanto acordarmos a cada dia com notícias desse tipo, com empresários dessa estirpe, com pessoas com esse coração… continuamos de joelhos em oração e de pé e vigilante pois a cada 4 anos nossa escolha é feita.
por Miguel Uchôa | 15 maio, 2009 | Blog, Politica
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afirma que heterossexuais têm o direito a entender que a homossexualidade é um desvio de comportamento, uma doença
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ao julgar uma apelação em Ação Popular contra o Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2002, com intuito de anular o repasse de recursos que financiava a “VII Parada de Orgulho Gay” em 30/06/2002, no então governo da Sra. Benedita da Silva, decidiu ser legitima manifestação pública contra o incentivo a homossexualidade.
A Justiça decidiu entre outras coisas em 01/04/2009, que é legítimo aos cidadãos heterossexuais, o direito de expressarem o seu pensamento a luz dos valores morais, éticos e religiosos, no que diz respeito a entender ser a homossexualidade um desvio de conduta, uma doença, algo que cause mal à sociedade humana, devendo tal comportamento ser reprimido e não apoiado pela sociedade.
Tal conduta não pode ser entendida como é crime ou ato discriminatório, pois é legítimo o direito de expressão de ambos os lados no sistema jurídico vigente.
O acórdão faz uma abordagem do legítimo direito das pessoas, com base nas garantias constitucionais (art. 5º) de liberdade religiosa de crença, consciência e culto, e liberdade de expressão de emitir suas opiniões, de forma pacífica, sem sofrer QUALQUER TIPO DE RESTRIÇÃO por parte do Estado ou grupo de minorias.
O Acórdão do Tribunal do Rio de Janeiro de forma direta é totalmente contrário à instituição de uma mordaça gay, pois os cidadãos são livres no seu pensar e agir, com base em sua fé e valores.
Assim, esta decisão judicial reforça mais uma vez as graves inconstitucionalidades que o PLC 122/06 (lei da homofobia) tenta inserir no sistema jurídico brasileiro, criminalizando opiniões em benefício de um grupo de interesses, com ofensas à lei maior.
A decisão é atual e coerente com os valores constitucionais da liberdade de expressão e consciência.
Espero que esta decisão do Tribunal de Justiça mais moderno do país auxilie aos Senadores a entender ser inconstitucional criar uma lei que criminalize opiniões no tocante a homossexualidade, logo o PLC 122/2006 deve ser REJEITADO por grave violação a Carta Constitucional e a boa redação e técnica legislativa.
Divulgue esta decisão jurisprudencial para que outros Tribunais tenham a mesma coragem de não se curvar a movimentos ou patrulhamento de grupos contra o estado democratico de direito e a liberdade de expressão.
Veja o teor parcial do acórdão:
“…Contudo, também, não se pode negar aos cidadãos heterossexuais o direito de, com base em sua fé religiosa ou em outros princípios éticos e morais, entenderem que a homossexualidade é um desvio de comportamento, uma doença, ou seja, algo que cause mal à pessoa humana e à sociedade, devendo ser reprimida e tratada e não divulgada e apoiada pela sociedade. Assim, não se pode negar ao autor o direito de lutar, de forma pacífica, para conter os atos sociais que representem incentivos à prática da homossexualidade e, principalmente, com apoio de entes públicos e, muito menos, com recursos financeiros. Trata- se de direito à liberdade de pensamento, de religião e de expressão….”
Tribunal de Justiça-
Décima Primeira Câmara Cível
Apelação Cível nº. 2008.001.65.473 Relator:Desembargador Claudio de Mello Tavares
por Miguel Uchôa | 12 maio, 2009 | Blog
Acabo de assistir um noticiário na TV e em seguida entra o programa de variedades. Ainda sentado na mesa, sem sequer ter levantado para desligar o aparelho, ainda escuto : “ … estou aqui nesse caminho cheio de natureza, verificando se está tudo em ordem, porque amanhã receberemos aqui a Nossa Senhora de Fátima e é muito importante ver se está tudo certo.. dai, continua … estou agora entrando em meu espaço Zen, onde sou recebida por um Buda que me foi doado por meu chefe, já está repleto de rosas…”
Sincretismo, é quando existe um amalgama de crenças, uma mistura de doutrinas diferentes. É quando por exemplo as baianas do candoblé, lavam as escadarias da igreja do Senhor do Bonfim, é quando me ajoelho diante da imagem de Cristo e na sexta feira recebo os passes na mesa branca, é quando carrego comigo as fitas do Senhor do Bonfim, mas não largo minha estátua de Krishna…
Nossa nação é uma nação sincrética e isso se dá por vários motivos, mas principalmente pela proibição feita aos escravos de adorarem seus ídolos, o que os levou a darem aos mesmos nomes dos santos católicos, foi assim Conceição se tornou Iemanja …
Essa atitude sincrética é comum na sociedade brasileira em praticamente todas as áreas. Somos “ sincréticos” na política que é marcada pela nítida ausência de uma ideologia partidária, somos sincréticos no estilo de vida, juntos formamos um caleidoscópio de tendências . mas isso, nem sempre se constitui um problema, na realidade pode mostrar a diversidade cultural da nação com suas origens variadas e a recepção de grandes imigrações.
No entanto, volto ao caminho “Zen” por onde vai passar a “ Nossa” senhora da conceição e que lá Buda a espera de pernas cruzadas e braços distendidos. Nesse particular vejo no sincretismo a ausência de fé, onde alguns poderiam ver a sua presença em demasia. Segundo a Bíblia, Fé é a certeza das coisas que não vemos , mas o sincretismo mostra a ausência de fé quando “ apela” para diferentes deuses, divindades, crenças, ritos e religiões.
O cristianismo não se admite na perspectiva do sincretismo. Pode parecer difícil para alguns entenderem, mas Jesus Cristo é inclusivo no seu amor, largo em sua misericórdia, grande em compaixão… mas é exclusivo quando se trata do caminho ao Pai celestial.
Na realidade, foi Ele mesmo quem disse “ Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim…Jo 14:6. Essa é a exclusividade, a do caminho, do meio de acesso a Deus Pai. Quando ministrava aos seus discípulos nos momentos finais de sua vida terrena ele disse “ sem mim, nada podereis fazer…” Jo 15:5
Uma nação que busca ser abençoada por Deus deve estar atenta aos seus valores e a espiritualidade é o principal deles. A Bíblia nos ensina que “ Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” . Espero ainda que o sincretismo seja um dia apenas uma expressão cultural, que mostre a diversidade de nosso povo, mas que no tocante a espiritualidade, Jesus possa ser um dia glorificado como único e suficiente salvador.
por Miguel Uchôa | 23 abr, 2009 | Blog
Confesso que fiquei mais uma vez pasmo, diante de uma propaganda que mostra a saga de um atleta, que vence os obstáculos que a vida lhe impõe, dribla, os burocratas, passa pelos médicos, supera os árbitros e depois de outras superações , se mostra como o grande vencedor e por fim afirma… “ Eu sou bebedor de cerveja”
Pensei que era proibido no Brasil atletas fazerem tal tipo de apologia ao álcool em propaganda, mas pelo que me parece, deram um jeito de Não Proibir. Talvez mais um causuísmo do governo, a exemplo da formula 1 de alguns anos passados quando a lei que proibia a propaganda de cigarros nos carros foi “ demolida “ através de decreto urgente para viabilizar o evento da formula 1 no Brasil. Mais uma vez o governo que tanto criticou os poderosos fazia uma concessão a eles.
Mas voltando ao atleta cervejeiro, um homem que de fato vence tantos obstáculos, que avança diante de tanta oposição, que se recupera quando poucos acreditavam… deveria ser mesmo um exemplo para a nação , especialmente para os mais jovens… Mas tudo isso vai por água abaixo quando ele levanta o copo e diz “ sou cervejeiro” !!!
O consumo de bebidas alcoólicas pelos brasileiros cresceu 70,5% nos últimos 35 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse resultado coloca o Brasil entre os 25 países com o maior aumento no consumo de álcool nesse período.
A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil é regulada pela lei n. 9,294, de 1996. Segundo essa lei, que também regulamenta os cigarros, entre outros produtos, bebida alcoólica é somente aquela com mais de 13 GL, ou seja, exclui cervejas e vinhos. A principal restrição que apresenta é a redução do horário de propaganda na televisão e no rádio permitindo propaganda de álcool entre 21:00 e 6:00 horas.
A cerveja possui papel de destaque entre as bebidas alcoólicas consumidas no Brasil. Dos cerca de U$ 106,000,000 gastos em propaganda de álcool na mídia em 2001, 80% foi em cerveja. Da mesma maneira, o consumo de cerveja representa 85% das bebidas alcoólicas consumidas. A cerveja certamente é uma bebida alcoólica e tem um papel importante em muitos dos problemas relacionados ao álcool, principalmente no que diz respeito aos jovens. Os números de problemas associados ao álcool no Brasil não deixam dúvida quanto ao potencial devastador deste, principalmente junto aos jovens. Em acidentes com motoristas alcoolizados, episódios de violência relacionado ao álcool, intoxicação alcoólica, etc., os jovens têm uma participação importante e início cada vez mais precoce. As propaganda e marketing das bebidas alcoólicas no Brasil são parte integrante da criação de um clima normatizador, associando-as exclusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro.
Restringir a propaganda de álcool é uma estratégia importante? Estudos recentes têm conseguido mostrar associações importantes entre a propaganda de bebidas alcoólicas e o consumo de álcool entre os jovens. Um deles comprovou o impacto que apreciar propaganda de cerveja aos 18 anos tinha sobre o consumo de álcool e o comportamento agressivo relacionado ao uso de álcool aos 21 anos. Outro estudo dirigindo-se à faixa etária dos 10-17 anos, encontrou que gostar da propaganda e assistir propaganda com maior freqüência associou-se com a expectativa de beber mais no futuro. Além disso, muitos dos jovens entrevistados sentiram que a propaganda de álcool os encorajavam a beber, especialmente os meninos de 10-13 anos, que aceitavam as propagandas como realísticas .
Continuamos crendo que não é moralismo, mas caso de saúde pública, segurança pública, violência e outros mais a rejeição da idéia de que alguém seja motivado a associar a idéia de a ser vencedor e nunca desistir ao fato de “ ser cervejeiro”
# Fonte: Alguns dos dados citados aqui são do Movimento Propaganda Sem Bebida (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, da Universidade Federal de São Paulo – EPM/Unifesp) e pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo).