Nos Braços do Pai
Lc 15:1-3, 11b-32;2 Co 5:16-21
Se Deus não estivesse disposto a perdoar os pecados, os céus estariam vazios
Proverbio alemão
A maioria das pessoas olha para esse texto sob uma perspectiva que, apesar de não ser incorreta, limita aquilo que essa rica passagem tem para nos ensinar. Gostaria de lhe apresentar uma perspectiva que vai além da atitude do filho, chamado de pródigo pelas suas atitudes e que nos mostra um Deus que abre seus braços para aquele que, desviando-se do caminho da Graça se perde nos atalhos de sua própria vontade.
Perceba que do outro lado de um filho pródigo, existe um pai magnânimo, amoroso, que espera, que acolhe, e que ama acima de tudo, acima mesmo de nossas equivocadas decisões.
É sempre bom perceber os seguidos equívocos deste filho, até porque, nos ajuda a enxergar com a franqueza que se faz necessária, as nossas próprias atitudes tantas vezes semelhantemente equivocadas. De alguma forma todos nós somos pródigos e o que me consola é olhar para essa penetrante parábola e conseguir me enxergar nela como alguém extremamente carente dos braços desse Pai, que ali estava pronto para acolher aquele que o havia deixado.
Este é o angulo que gostaria de focar nossa reflexão hoje, essa maravilhosa figura de um Deus que abre os braços para cada um de nós, mesmo diante de nossos desvios. Você com certeza deve saber do que estou falando, você deve se conhecer bem o suficiente para reconhecer a sua grande necessidade de perdão, você com certeza sabe o quanto é importante enxergar de longe os braços abertos de um Pai que, sem olhar para a dimensão de seu erro, enxerga seu coração arrependido e carente.
Sempre irão surgir aqueles que não entendem esses braços abertos, aqueles que criticarão todo olhar de misericórdia porque somente enxergam as coisas pelos olhos de uma rigidez legalista e como tenho dito, quando o legalismo entra por uma porta o amor de Deus sai por outra. No dia a dia de sua existência é bem possível que existam situações que espelhem essa realidade, mas além de reconhecer-se como pródigo, nunca se esqueça que ali está, bem adiante, um Pai magnânimo de braços bem abertos. Esses braços lhe acolherão mesmo quando todos os demais se fecharem, esses braços lhe aqueceram , mesmo quando a frieza das mentes cauterizadas recusarem-lhe um espaço.
A segunda carta de Paulo aos coríntios vai nos mostrar hoje que se estamos em Cristo somos novas criaturas e isso consola o nosso coração naqueles momentos onde mesmo nos tornando pródigos temos dentro de nós o Espírito de Deus que nos dá a convicção e o entendimento que o cair e do homem , mas o levantar é de Deus. As coisas velhas passaram e tudo se fez novo, que sentença de vida em meio a tantas sentenças de morte que recebemos as vezes de pessoas em volta de nós mesmos.
Esse Pai magnânimo nos reconciliou consigo em Jesus Cristo. Por isso hoje, se você tem a certeza de que um dia entregou a sua vida a Jesus Cristo, de que confessou a Ele como seu único e suficiente salvador, que confiou a ele a sua eternidade, saiba que nada, nem ninguém pode lhe separara do Seu imenso amor.
Receba hoje essa palavra de animo em meio a possíveis gritos que tentam lhe desanimar, vida em meio a tantos exemplos de morte que talvez lhe cerquem e eternidade, em meio a tantos e exagerados sopros em seus ouvidos de que nessa vida tudo se resolve por aqui mesmo. A bem da verdade, se resolve aqui, mas as consequências nos acompanham para toda a eternidade.
O Pai está bem ali, de braços abertos e lhe recebe com nova criatura mediante o reconhecimento de seus erros, pecados e desvios. Corra para os seus braços.
Minha Oração
Meu Pai, obrigado pelos teus braços sempre abertos, pela tua mão sempre estendida, pela tua graça sempre presente. Quero ser essa nova criatura. A cada dia me traz renovo e fecha meus ouvidos para todas as setas do maligno que tentam me dizer algo diferente disso.